A
polícia investiga a morte de um casal homossexual que foi decapitado e
queimado dentro de casa na madrugada desta segunda-feira (24) no Pedregal,
bairro do Novo Gama (GO), região do Entorno do DF. As informações foram
repassadas pelo 5º Comando Regional da Polícia Militar do Estado de Goiás. A
polícia informou que José Dalvalei Alves Pereira, de 37 anos, morava junto com
um travesti, identificado até o momento somente como Camila, há mais ou menos
um ano.
O
padrasto de Pereira afirmou que nenhum dos dois tinha envolvimento com drogas, mas
que costumavam beber e nos últimos dias começou a receber ameaças de morte,
segundo o mesmo informou. Na noite deste domingo (23), o casal teria se
envolvido em uma confusão depois de tomar cerveja em um bar da região.
A
polícia investiga o caso, mas ainda não tem pistas sobre os autores, nem o
motivo do crime.
A
mãe adotiva de Dalvanei, Maria da Conceição Vasconcelos, 55 anos, informou que
o filho já estava recebendo ameaças, mas não sabe o motivo, nem de quem teria
partido as provocações, somente há a informação recebida do próprio filho de que
este teria recebido ameaças da vizinha nos últimos dias, porque estaria saindo
com o marido dela.
Apesar
dessas duas denúncias, a polícia prefere trabalhar com a hipótese de que uma
terceira pessoa teria ido à casa do casal nesta madrugada e bebido com eles.
O
crime aconteceu por volta das 3h na quadra 672 da cidade. Inicialmente, os
vizinhos acionaram equipes do Corpo de Bombeiros acreditando que se tratava
somente de um incêndio. No entanto, depois que os homens do resgate chegaram ao
local e controlaram as chamas, dois corpos carbonizados sem as cabeças foram
encontrados dentro da residência. Cerca de 25 minutos depois, o Ciops recebeu
outro chamado. Populares haviam encontrado duas cabeças jogadas no meio da rua,
em frente a um lote vazio na Quadra 668, aproximadamente um quilômetro do local
onde os corpos foram encontrados. A Polícia Civil foi acionada e uma perícia
foi realizada para identificar o quê de fato aconteceu nas cenas do crime. Os
resultados devem ficar prontos em até 30 dias. A ocorrência está registrada no
Ciops (Centro Integrado de Operações e Segurança) da cidade, que investiga o
caso. Até o momento, ninguém foi preso. (Fotografias cortesia ValTV.org)
