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Desgoverno – Assim definiu Wasny em entrevista ao Satélite Notícias após percorrer as ruas de Santa Maria e notar a crescente ação de grileiros

O parlamentar também falou da crise que atravessa o GDF, do seu papel quanto opositor ao governo na Câmara Legislativa e ainda sobre a Federação Brasiliense de Futebol


O deputado recebeu um exemplar do jornal em sua
visita à redação do Satélite Notícias
O Deputado Distrital Wasny de Roure (PT), esteve visitando a cidade hoje (11) e se surpreendeu quanto à omissão do poder público com relação as invasões de áreas públicas por pessoas que se dizem “Quilombolas”. Em entrevista à Agência Satélite, o deputado falou dos problemas que a cidade está enfrentando devido as práticas dos invasores.

Ao lado do ex-administrador Erivaldo Alves (PT), Wasny visitou algumas lideranças, comerciantes e famílias e de todos reclamações quanto a “má gestão” do governo na cidade.

Perguntado sobre o sentimento de ver Santa Maria nessa situação, o deputado respondeu que viu “o total desgoverno” administrando a cidade. “Eu vejo um total desgoverno, até mesmo porque já conversei com o administrador e até mesmo com o governador, bem como já foram encaminhadas denúncias ao Ministério Público e à Agefis e o que vi, foi uma absoluta omissão. Nós sabemos que o governo enfrenta uma situação difícil em muitas áreas. Mas, essa atitude de tratamento diferenciado é que não concordamos, observa-se até mesmo na fiscalização. Em Santa Maria mora gente, a população tem expectativa de equipamentos públicos, e são exatamente as áreas de instalação desses, que estão sendo ocupadas. Não tem áreas particulares sendo ocupadas, são áreas públicas e destinadas a equipamentos públicos de lazer, de educação, de atividades de saúde e de segurança para a comunidade. Essas ocupações só prejudicam e desvalorizam Santa Maria”, disse.

Com relação a omissão, Wasny não atribui somente a administração local e sim ao poder público em geral. “A Administração Regional, apesar de ela ter responsabilidade, ela não tem o poder de polícia. Portanto, ao responsabilizar alguém, temos que fazer na mesma intensidade a segurança pública e à Agefis, que assim igual o administrador, também estão na cidade”, esclareceu.

Wasny também falou que todas as denúncias com relação as invasões de terrenos públicos em Santa Maria, já fez questão de informar ao governador e pedir soluções. “Eu já reportei o assunto ao governador e tenho insistido da tribuna semelhante a outros colegas deputados. Todavia, a gente sente o quadro de impotência generalizada”, falou. 

As denúncias, segundo Wasny são todas uniformes. De acordo com ele o problema não é somente em Santa Maria e sim nas demais cidades do Distrito Federal. “As denúncias que apresentamos com relação a Santa Maria, fizemos também em questão da Fazenda Sucupira, na parte lindeira ao Riacho Fundo II. O governador neste momento está muito preocupado com a situação dos condomínio, sendo necessários vários procedimentos. Entretanto, o mais grave é aonde se tem unidades imobiliárias constituídas, tem que se ter a presença da autoridade, pois são edificados em plena luz do dia em finais de semana, essas áreas estão sendo cercadas e construídas. Isso é uma agressão, é uma demonstração de que a cidade não tem governo”, disse.

O deputado também falou da questão do comodismo pela sensação de impunidade. Todavia, deixou claro que o problema vai mais além do que simplesmente a impunidade. Segundo ele a questão do “se não invadir perde”, também é um atenuante para o problema da grilagem de terras públicas no DF. “Existe uma sensação por parte dos grileiros de que se eu não invadir eu estou perdendo. Então há uma cumplicidade de pessoas que estão morando nas cidades há algum tempo. Existem grileiros de fato, e tanto é verdade, que estão ocupando áreas públicas destinadas a instalação de equipamentos públicos e isso é grave. É caso de polícia, não há outra alternativa. Eu aproveito a entrevista para incitar a Polícia Civil para ajudar a resolver o problema”.

Perguntado sobre o papel de oposição que faz em relação ao governo, tendo em vista que está tomando uma postura não de oposição ferrenha e sim de intermediação, ou seja, sempre conversando com o governo sobre assuntos relacionados ao DF e não simplesmente fazendo oposição por questões partidárias, Wasny foi enfático em dizer que é um parlamentar de oposição. Porém, com o compromisso voltado à população e não a partidos políticos. “Sou um deputado de oposição. Conheço o governador há muitos anos e sempre tive uma boa relação e o respeito quanto sua pessoa. Agora, nós temos compromissos com as cidades e não é porque ele está no governo que esses compromissos vão deixar de existir sem o nosso empenho. Portanto, no que for para ajudar as cidades nós estamos à disposição, mas se tiver que fazer enfrentamento e cobrar omissão, postergação e ausência da presença do poder público, nós vamos fazer. Não sou daqueles que acham que tenho de tratar o governador com expressões de baixo calão, ou depreciá-lo quanto pessoa. Eu tenho que conversar com ele e isso eu tenho feito. Vou, visito, questiono, instigo, voto contra, bem como voto a favor dependendo do assunto”, enfatizou.

Ao falar da “crise” que atravessa o governo do Distrito Federal, Wasny de Roure informou que ela realmente existe. Todavia, não da proporção que foi divulgada pela governo na imprensa, bem como, diante das medidas adotadas, acredita estar perto do fim. “A capacidade de recuperação da receita em situação de crise, ela é bastante limitada, uma vez que tem que se forçar a fiscalização e a criatividade. No entanto, Brasília é relativamente privilegiada por ter a maior renda per capita e porque boa parte dos produtos comercializados são substitutos tributários, ou seja, recolhe-se lá na origem do produto. O que nós temos é um quadro de crescimento de despesa de pessoal muito grande e naturalmente, isso trouxe um quadro de inquietação diante de queda de arrecadação e queda no fundo constitucional. O governo está bastante apreensivo, mas eu creio que em meio a tanta crise que se anunciou esse ano, o governo sequer chegou a atrasar. Então nós percebemos que houve muito uso político desses compromissos que foram firmados, porque tentaram inclusive suspender algumas Leis via Ministério Público, visando evitar o aumento e reestruturação de carreira. Assim, eu creio que esse assunto já é superado. Entretanto, entendo que algumas questões pontuais precisam ser resolvidas, como os casos envolvendo o SLU e alguns servidores de carreira da área da educação. Enfim, existem algumas áreas que necessitam ser resolvidas. Então eu vejo que há muita tarefa pela frente e temos trabalhado. Neste sentido eu tenho parceria em primeiro lugar com as cidades. Em suma, o próprio governo conseguiu resolver a crise. É claro que em várias soluções nós concordamos, outras não. Por exemplo, o uso do recurso do Iprev, que é um recurso pertencente a previdência do recurso do servidor. O governo conseguiu pôr a mão em 1,2 bilhões, simplesmente com uma Lei que a Câmara Legislativa aprovou, numa matéria que é legislada por Lei Federal”, resumiu.

Wansny e Erivaldo Alves
Antes de finalizar a entrevista, o deputado Wasny de Roure falou da ida do ex-administrador Erivaldo Alves, para ocupar a presidência da Federação Brasiliense de Futebol. “O Erivaldo vem treinando em sua vida na qualidade de líder em Santa Maria, sempre compromissado com a comunidade. Não somente porque foi administrador, mas porque ocupou várias outras funções importantes, a ida dele para a Federação foi a demonstração de que um quadro [um morador] de Santa Maria que pode servir todo o Distrito Federal. Santa Maria tem grandes quadros e a grande surpresa foi que Erivaldo vem conseguindo moralizar a Federação Brasiliense de Futebol. Isso é surpreendente porque não é algo muito comum nas organizações de futebol. Isso ele aprendeu com os pais e nós somos apenas um coadjuvante no processo”, elogiou.

Fonte - Agência Satélite

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