Durante racionamento, colégio tem aulas reduzidas, higienização suspensa e alunos são obrigados a levar água de casa
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O drama de estudantes do Centro de Ensino Fundamental 403 (Cef 403) de Santa Maria é antigo. Desde que a política de racionamento de água do Distrito Federal entrou em vigor, no início do ano passado, os alunos são obrigados a voltar para casa mais cedo. O problema seria provocado pela falta de manutenção nas caixas d’água da unidade.
Atualmente, o colégio conta com dois compartimentos – um apresenta rachaduras e o outro está interditado.
Na segunda-feira (12/3), a direção do colégio informou, por meio de bilhete enviado aos pais, que os horários devem ser normalizados em breve.
A mensagem também dizia que alguns serviços de higienização, como limpeza de banheiros, bebedouros e do pátio serão suspensos no período e que os alunos terão que levar água de casa.
Mensagem enviada aos paisArquivo pessoal |
Rachaduras impedem funcionamento das caixas d'águaRadar de Santa Maria/Reprodução |
Imagens mostram desgaste na estruturaRadar de Santa Maria/Reprodução |
Indignação
Revoltados com o descaso, pais de alunos manifestaram indignação nas redes sociais. A filha de Suzana Maria tem 8 anos e cursa a terceira série na unidade. A mãe, que tem 24 anos, protestou contra a situação do colégio.
“É um absurdo. É ridículo. Eles não só ficam sem água, mas quando ela volta demora e prejudica os alunos que estudam na parte da manhã. Todo dia de racionamento minha filha chega reclamando, dizendo que não tem um pingo de água”, reclama Suzana Maria.
A mulher acredita que a escola e os funcionários não são os culpados. Para ela, a responsabilidade é da Secretaria de Educação. “Sei que eles não têm culpa, mas nós, como pais, temos que correr atrás e reclamar. É nosso direito.”
Escola critica postura dos pais
No bilhete, a postura dos pais foi criticada pela direção da escola. “Durante os últimos dias, algumas pessoas, na sua minoria, vêm insistentemente procurando algumas mídias na tentativa de colocar em descrédito todo um trabalho que professores, auxiliares e direção têm feito durante esses anos”.
“Entendemos que as mídias sociais são ferramentas que podem auxiliar na solução de alguns problemas, mas, nesse caso, não têm atingido sua finalidade, já que a questão permanece ainda sem solução. Dessa forma, orientamos a quem quiser nos ajudar que procurem os órgãos competentes”, diz o bilhete.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação informou que a compactação das aulas ocorre desde fevereiro deste ano, e que obras de reparo na caixa d’água serão feitas para garantir que o desempenho estudantil não seja prejudicado.
A SEE prometeu que duas bombas serão compradas para alimentar o reservatório da caixa d’água e pretende instalar em breve uma outra, com capacidade para 5 mil litros.
A reportagem entrou em contato com a diretora do CEF 403, mas não obteve retorno até a última atualização deste texto.
Fonte - Metrópoles
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