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Seis em cada 10 feminicidas no DF mataram por ciúmes, afirma SSP


Análise inédita feita a partir de 68 processos mostra que maioria dos assassinatos contra mulheres aconteceu em casa e aos fins de semana

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
HUGO BARRETO/ METRÓPOLES
A Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) divulgou nesta segunda-feira (25/3) um levantamento inédito sobre os casos de feminicídio registrados no DF desde março de 2015, quando os crimes de gênero ganharam uma tipificação específica no Código Penal. Ao todo, 68 feminicídios foram analisados em minúcias: “lemos os casos um por um, capa a capa”, afirma o secretário de segurança pública, Anderson Gustavo Torres.

A partir das informações coletadas, é possível dizer que o autor era ou foi casado com a vítima (82,3% dos casos) e citou ciúmes, não aceitação do término da relação ou vingança por traição como razões para a prática do ato bárbaro (na soma, 82,3% dos casos).

O levantamento revela ainda que o assassinato de mulheres, na maioria das vezes, acontece dentro de casa (91,2% dos casos), aos finais de semana – crimes ocorridos entre sábado, domingo e madrugada de segunda somam 47,1% dos casos – e entre 18h e 6h (63,3% dos casos).

“É possível saber claramente quais são os locais e horários de maior perigo, uma informação que nos ajudará na elaboração de políticas públicas para melhorar a proteção às mulheres”, afirma o secretário de segurança pública, Anderson Gustavo Torres.

Outra informação importante encontrada durante a análise foi que em 72,1% dos casos não havia registros na Polícia Civil de violência doméstica praticada pelo agressor contra a vítima. “Isso reforça a necessidade de elas denunciarem, para que o poder público possa entrar com as medidas protetivas cabíveis”, defende o secretário-executivo da SSP, Alessandro Moretti. A análise mostrou ainda que metade dos feminicidas (54,4%) já possuía antecedentes criminais, a maior parte relacionada a outros crimes.



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As informações estão sendo compartilhadas entre a Secretaria de Segurança Pública, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. O detalhamento, com um perfil de vítimas e agressores, também servirá para nortear decisões a respeito das medidas protetivas a serem determinadas em casos de violência doméstica.

Proteção
Junto com o estudo, a Secretaria de Segurança Pública também apresentou um novo dispositivo eletrônico para ampliar o monitoramento dos agressores e a proteção das vítimas. O aparelho, que se assemelha a um botão de pânico, complementaria a estratégia de defesa para os casos muito graves, em que a vítima corre risco de morte e o agressor já utiliza tornozeleira eletrônica.

Neste ano, já foram registrados seis feminicídios, 16 tentativas e, até a última sexta-feira (22/3), 3.387 mulheres já tinham denunciado à polícia companheiros ou ex-companheiros por agressões sofridas.



Fonte - Metrópoles

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