Pesquisa feita pelo Procon-DF aponta que o preço do arroz branco chegou a aumentar mais de 100% após a tragédia no RS
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Após a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul (RS), o preço do arroz branco chegou a aumentar mais de 100% em alguns estabelecimentos do Distrito Federal. De acordo com pesquisa realizada pelo Procon, órgão da Secretaria de Justiça e Cidadania, entre 20 e 24 de maio, o valor mais alto encontrado foi de R$ 54,99.
Fiscais de defesa do consumidor visitaram 94 estabelecimentos entre 20 e 24 de maio, e levantaram os preços de mais de 50 marcas de saco de arroz branco de 5kg. Entre as marcas mais encontradas no comércio, o valor mais alto cobrado foi de R$ 54,99. Já o menor valor identificado pelos fiscais foi de R$ 26,89 – uma variação de mais de 100% no preço cobrado pelo produto.
Os fiscais verificaram também que alguns supermercados, nesse momento, estão limitando a quantidade do produto para venda, como exemplo, cinco unidades de arroz branco por cliente. “No cenário atual, não vemos problema no limite do item para venda. Estamos em um momento de incertezas quanto a disponibilidade do arroz no comércio e, portanto, a medida é aceitável por enquanto”, afirma o diretor-geral do órgão Marcelo Nascimento.
O Procon realizou a pesquisa de preços para verificar os valores cobrados pelo item nos mercados após a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul – que, segundo o Procon, pode ter impacto no preço do produto, elevando os valores cobrados pelo arroz.
“Estamos atentos aos valores do arroz branco após as enchentes no sul do país. O arroz é item essencial da cesta básica e um aumento sem justa causa do preço do produto afetaria diretamente a população. Até o momento, o cenário está estável no Distrito Federal, com uma variação de preços dentro da normalidade. A nossa orientação é que o consumidor pesquise antes fazer a compra ”, explica Marcelo.
Importação de arroz
Ainda este mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a Conab, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), a importar até um milhão de toneladas de arroz, caso seja necessário.
Essa movimentação do governo Lula ocorre numa tentativa de prevenir uma eventual alta de preços com a devastação das colheitas de arroz pelas enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% da produção do cereal no país.