Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, foi assassinado em Tabira, Pernambuco. Giselda da Silva Andrade e Antônio Lopes foram presos como suspeitos do crime. Antônio Lopes foi linchado por populares e morreu no hospital após a abordagem. A Polícia Civil investiga o linchamento e a conduta dos policiais envolvidos. A mãe de Arthur não está envolvida no crime, segundo a delegada responsável.

Na última terça-feira, dia 18 de outubro, as forças de segurança pública, representadas pela Polícia Civil e Militar, realizaram a prisão de um casal suspeito de estar envolvido no brutal assassinato de Arthur Ramos Nascimento, uma criança de apenas 2 anos, ocorrido em Tabira, uma cidade situada no Sertão de Pernambuco. Os detidos foram identificados como Giselda da Silva Andrade, que tinha a responsabilidade de cuidar da vítima, e Antônio Lopes. A prisão se deu na zona rural de Carnaíba, no início da noite, em um contexto que rapidamente se transformou em um episódio de violência coletiva.
Ao chegarem à delegacia, os suspeitos foram alvo de um linchamento por parte de uma multidão enfurecida. Imagens que circularam nas redes sociais mostram uma cena caótica, onde um grande grupo de pessoas retirou Antônio Lopes da custódia policial e o agrediu violentamente. Apesar de ter sido socorrido e levado a um hospital, o homem não sobreviveu aos ferimentos e faleceu na unidade de saúde. Este evento desencadeou uma série de reações e levantou questões sobre a segurança pública e a vigilância dos direitos humanos em situações de comoção social.
Em resposta ao linchamento, a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o ocorrido, com o objetivo de apurar as circunstâncias do linchamento e identificar os indivíduos que participaram dessa ação violenta. Além disso, a conduta dos policiais que estavam presentes na cena também será objeto de investigação, uma vez que a situação levanta preocupações sobre a eficácia e a ética da atuação policial em situações de crise. A delegada Joedna Soares, que está à frente do caso, enfatizou que as diligências continuam com o intuito de esclarecer completamente o crime que vitimou o menor.
No que diz respeito a Giselda da Silva Andrade, ela foi levada à delegacia para prestar depoimento, onde deverá ser ouvida sobre os eventos que culminaram na morte de Arthur. A delegada Joedna Soares também fez questão de esclarecer que a mãe da criança não está envolvida no crime, embora a polícia ainda não tenha divulgado informações sobre o pai de Arthur.
O caso de Arthur foi registrado no último domingo, dia 16 de outubro, e, segundo relatos da Polícia Civil, a criança foi encontrada com lesões em diversas partes do corpo e foi imediatamente levada a um hospital local. Infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu após dar entrada na unidade de saúde. O crime foi classificado como homicídio por violência doméstica/familiar, o que indica a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa para identificar e responsabilizar os culpados. A abertura do inquérito policial visa não apenas a elucidação do crime, mas também a busca por justiça para a vítima e sua família, em um contexto onde a proteção das crianças deve ser uma prioridade inegociável.
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