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Polícia captura jovem e caça outros dois suspeitos do ataque em Paris

Uma grande operação envolvendo grupos de elite da polícia está em andamento na cidade de Reims

 postado em 07/01/2015 23:10 / atualizado em 08/01/2015 00:21
 France Presse
A polícia francesa capturou na madrugada desta quinta-feira o jovem Hamyd Murad, de apenas 18 anos, e seguia caçando os outros dois suspeitos do ataque ao jornal parisiense "Charlie Hebdo", que deixou 12 mortos, informaram fontes concordantes.

Após a captura de Murad, os policiais - especialmente as unidades de elite - seguiam à procura dos irmãos franceses nascidos em Paris Said Kuachi, 34, e Cherif Kuachi, 32, o último um jihadista conhecido pelos serviços antiterroristas.

Divulgação


Os policiais divulgaram fotos dos irmãos em busca de informações que possam levar a sua captura, e advertiram que Cherif e Said Kuachi "estão armados e são perigosos". Segundo um oficial, a polícia deteve várias pessoas durante a madrugada ligadas aos três suspeitos.

Uma grande operação foi deflagrada na cidade de Reims, no nordeste da França. Imagens de policiais em posição de tiro e do envio de forças à cidade foram transmitidas pelas emissoras de notícias 24 horas.

A unidade de elite da polícia Raid participa da caçada, revelou um oficial, advertindo para o risco de tiroteio e pedindo "a máxima prudência" aos jornalistas na região. Segundo o jornal "Le Monde", a caçada aos suspeitos envolve mais de três mil policiais.

Um policial ligado à caçada confirmou que os irmãos estão "fortemente armados" e são extremamente perigosos. O jornal "Libération" revelou que os suspeitos foram identificados por uma carteira de identidade encontrada no Citroen C3 preto abandonado pelo trio.



Segundo testemunhas, os homens carregavam fuzis de assalto Kalashnikov e um lança-foguetes quando invadiram a redação do Charlie Hebdo, agindo com sangue-frio e de forma coordenada para executar as pessoas no local. O ataque deixou 12 mortos a tiros, incluindo os chargistas Wolinski, Charb, Cabu e Tignous, e 11 feridos.

De acordo com fontes policiais, os autores do ataque gritaram "Vingamos o Profeta!", em referência a Maomé, alvo de charges publicadas há alguns anos pela revista. O episódio provocou revolta no mundo muçulmano.

A autoria do atentado não foi reivindicada por nenhum grupo, mas seus responsáveis parecem seguir orientações, sobretudo, do grupo Estado Islâmico (EI). A França está envolvida na campanha militar internacional contra o EI no Iraque.

O ataque sem precedentes, o mais sangrento cometido na França em décadas, também fez pensar rapidamente em uma vingança dos radicais islâmicos contra o jornal, que publicou caricaturas do profeta Maomé em 2006.

A redação do semanário, surpreendida em plena reunião de pauta, foi dizimada. Além dos chargistas Charb, Cabu, Tignous e Wolinski - muito conhecidos na França - dois policiais estão entre os 12 mortos, incluindo um agente executado a sangue-frio quando estava caído no chão, ferido.

A ação impressionou a polícia por sua frieza e objetividade, levantando suspeitas de que os agressores passaram por treinamento militar intenso.

"Observamos claramente pela maneira que portam suas armas e agem discretamente, bem ao estilo militar, com frieza. Eles receberam treinamento. Eles não agiram por impulso", afirmou um oficial.

"O mais impressionante é a sua atitude. Eles foram treinados na Síria, no Iraque ou em outro lugar, talvez até mesmo na França, mas o certo é que eles foram treinados", enfatizou, destacando também o sangue-frio.

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