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Pai atropelado com esposa grávida no ES celebra 1º Dia dos Pais

Pai e mãe foram atropelados em setembro de 2014, em Linhares, no ES. Mãe teve parto de emergência e bebê ficou mais de um mês na Utin.

O gesto mais marcante de Arthur, para o pai, é o sorriso. (Foto: Brena Ribeiro / Arquivo pessoal)

Estava tudo planejado para o nascimento de Arthur quando Maxuel Scarpat e sua esposa foram atropelados por um motorista sem habilitação, que havia consumido álcool, em setembro de 2014. O bebê nasceu prematuro, em um parto emergencial. “Quando aconteceu o acidente, eu só pensava nos dois. Depois, vendo a evolução dele, eu tive mais força para acreditar na vida”, contou o pai Maxuel. Neste domingo (9), ele comemora o primeiro dia dos pais ao lado do filho.


Na noite do dia 20 de setembro de 2014, Maxuel Scarpat, de 27 anos, e Brena Ribeiro, de 24 anos, na época grávida de sete meses, foram atropelados em cima de uma calçada, em Pontal do Ipiranga, no Norte do Espírito Santo.

Maxuel ainda tinha ferimentos quando Arthur teve
alta da Utin (Foto: Brena Ribeiro / Arquivo pessoal)
A jovem teve parte do couro cabeludo arrancado e precisou ser submetida a um parto de emergência para a retirada do bebê, que foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) de Colatina. A mãe teve alta no dia 17 de outubro e o bebê, onze dias depois.

No primeiro dia dos pais de Maxuel, ele e Arthur, hoje com 10 meses, vão ficar com a família e as expectativas são as melhores.

“Meu filho é tudo de bom! Nós planejamos ter ele e até hoje estamos cumprindo o que foi previsto para nós. Deus colocou ele no nosso caminho. Estou muito, muito feliz, por passar a data com ele”, declarou o pai.

Pré-natal e nascimento
“Eu acompanhei todo o processo. Ela tinha consulta e eu já tentava deixar agendado para conseguir ir. No pré-natal, eu participei de todas as situações, sempre acompanhando, porque era o nosso sonho. É o nosso sonho”, declarou Maxuel.

“Ele é um pai muito companheiro, porque durante a minha gravidez ele participou de todas as consultas. Ele dá banho, troca roupa, troca fralda, fica com o neném. Ele não me deixa sobrecarregada”, contou Brena.

A mãe, Brena Ribeiro, contou que, durante a gravidez, Maxuel esteve sempre presente. Depois do nascimento do filho, não foi diferente. Nos primeiros momentos, enquanto Arthur estava na Utin, ele sempre ficou do lado dela. No dia a dia, Brena conta que ele participa ativamente do crescimento do bebê.

Em relação aos primeiros momentos de vida do bebê, ela contou que foi possível que Maxuel estivesse sempre ao lado dela porque é autônomo.

“Ele e o pai dele são proprietários, então ele pôde me acompanhar. Na fase que eu estava passando, era ele que era o meu apoio, eu queria que ele tivesse comigo, toda a visita era um medo diferente. Uma vez presenciamos a morte de um bebê. Eu queria que ele estivesse comigo, porque se tivesse alguma surpresa, era ele que estaria lá”, contou Brena.

Com três meses, Arthur já sorria com o pai (Foto: Brena Ribeiro / Arquivo pessoal)

Paternidade
O pai conta que Arthur, que faz um ano em setembro, não parece ter nascido prematuro e que corresponde a todas as suas expectativas. “Ele tem 10 meses e 10 kg, só pode ser Deus mesmo... Já começou até a bater palminha para cantar parabéns no aniversário”, disse.

O gesto mais marcante, para o pai, é o sorriso. “O sorriso dele é marcante. Ele olhou para você, já abre aquele sorrisão. Ele dorme a noite toda e não acorda chorando. Nós não perdemos uma noite de sono até hoje. A gente vai ao berço e ele está com aquele sorrisão dele. Não tem palavras para explicar uma coisa dessas”, explicou Maxuel.

É também o sorriso do filho que acalma nos momentos de estresse. Por isso, Maxuel faz o possível para estar sempre junto com Arthur.

O filho Arthur visita o pai no trabalho
(Foto: Brena Ribeiro / Arquivo pessoal)
“Graças a Deus ele interage muito com a gente. A gente chega em casa estressado do trabalho, a gente olha o sorriso dele... Não tem palavra para descrever uma felicidade dessa de ser pai, ainda mais numa situação dessa que aconteceu. Graças a Deus a gente ficou muito bem”, disse o pai.

Maxuel contou que sempre que tem tempo está com o filho. Como ele tem o seu próprio negócio, pode estar em casa com mais frequência.

“Eu sou microempresário, tenho uma empresa de material de construção, então, quando posso, tenho uma folguinha, eu estou em casa direto, vejo ele, ele vai lá para loja. Ele também é muito apegado ao meu pai”, contou.

Em relação ao futuro, Maxuel acredita que não seja possível prever nada, mas que vai fazer o máximo para que Arthur esteja sempre no caminho da bondade.“Eu pretendo tentar fazer ele seguir os mesmos valores que nós aprendemos. A ser uma pessoa honesta, trabalhadora, nunca passar por cima dos outros”, disse.

Acidente
Antônia Brena estava grávida de sete meses quando ela e o marido, Maxwell Scarpatti, foram atropelados na calçada de uma pizzaria. O esposo dela recebeu alta no dia 22 de setembro, já Antônia foi submetida a um parto de emergência para a retirada do bebê, que foi encaminhado para um hospital particular em Colatina. A mãe, que teve o couro cabeludo arrancado, recebeu alta no dia 17 de outubro. A família só conseguiu voltar para casa com o bebê no dia 28 de outubro.

Maxuel deu entrevista após acidente
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
De acordo com a polícia, o condutor não era habilitado e o teste do bafômetro comprovou que ele havia bebido. Após o atropelamento, ele foi detido e o juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares, Vinicius Doná, arbitrou uma fiança de 20 salários mínimos (R$ 14.480) para o condutor, que não foi paga. Foi alegado que ele não tinha boas condições financeiras para o pagamento. O que também contribuiu para a liberdade foi o fato de Luis não ter antecedentes criminais, possuir residência fixa e trabalho certo.

A fiança fixada foi substituída pelas seguintes medidas cautelares: obrigação de comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades; proibição de ausentar-se da cidade por mais de oito dias sem autorização judicial; proibição de ingerir bebida alcoolica em locais públicos; proibição de alterar seu domicílio sem autorização judicial; proibição de manter contato com vítimas ou testemunhas; obrigação de comparecer a todos os atos processuais e recolhimento domiciliar após as 22h.

Casal com Arthur e a equipe médica, no dia em que o bebê teve alta da Utin (Foto: Brena Ribeiro/ Arquivo Pessoal)


Fonte - G1/ES

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