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Rapaz matou prefeito por R$ 20 mil sem conhecer a vítima, diz polícia

Jovem afirmou que não sabia que homem era político de Elias Fausto (SP). Mandante foi preso há 27 dias; Laércio Betarelli morreu no dia 2 de outubro.
Jovem de 24 anos foi preso nesta quarta na casa onde morava em Indaiatuba (Foto: Marcello Carvalho/G1)

O suspeito de ter matado a tiros o prefeito de Elias Fausto (SP), Laércio Betarelli (PSDB), recebeu R$ 20 mil para cometer o crime sem conhecer a vítima, segundo a Polícia Civil. Thiago Gomes Calado, de 24 anos, foi preso nesta quarta-feira em Indaiatuba (SP) pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Piracicaba (SP).

O rapaz afirmou à Polícia Civil que só descobriu que o homem era chefe do Executivo através de notícias da imprensa. Até a tarde desta quarta-feira, nenhum advogado havia se apresentado para defender o suspeito. Um empresário do setor imobiliário está preso há 27 dias por ter encomendado o assassinato.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Fernando Dultra, a polícia chegou até o jovem através de depoimentos, diligências e análises de câmeras de segurança onde mostram o suspeito seguindo o prefeito dentro da caminhonete Fiat Strada, que havia levado até a prisão e identificação do mandante. Gomes foi preso dentro de casa no bairro Morada do Sol e confessou que executou o Laércio Betarelli com seis tiros. 

O jovem afirmou à Polícia Civil que foi contatado por Sérgio Vicente Picão, de 42 anos, seis dias antes do crime e se encontrou com ele no dia 2 de outubro, data em que Betarelli foi assassinado. De acordo com a investigação, o empresário mostrou ao executor onde ficava o prédio da Prefeitura e o carro que o chefe do Executivo usava para realizar visitas em obras.

Gomes então seguiu o prefeito com a Fiat Strada do distrito de Cardeal até a obra onde ele foi morto. "Temos imagem dele seguindo o prefeito pela estrada inteira até chegar na obra. Ao chegar na obra, ele parou o carro, perguntou o nome do prefeito e já efetuou os disparos. Ele confessou tudo", disse o delegado. 
Thiago Gomes Calado é suspeito de ter matado o prefeito de Elias Fausto (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Comprou uma moto
De acordo com a polícia, após o crime, ele abandonou a caminhonete e o revólver calibre 38 usado em uma chácara de Elias Fausto. Três dias depois do assassinato, Gomes recebeu os R$ 20 mil de Picão e comprou uma moto. Recentemente, ele havia trocado o veículo por um modelo Audi, que foi apreendido pelos policiais.

O suspeito relatou que é morador de Indaiatuba e conhecia Picão "desde criança", já que o empresário possuía negócios em Indaiatuba. A Polícia Civil cumpriu mandado expedido pela Justiça de Monte Mor (SP) e pediu a prisão temporária de 30 dias de Thiago Gomes Calado.

Ele está na carceragem do 1º Distrito Policial de Piracicaba (SP) e será encaminhado para o Centro de Detenção Provisória. O jovem já tem passagem na polícia por roubo e tentativa de homicídio.

Prefeito de Elias Fausto, Laércio Betarelli, foi morto
atiros (Foto: Reprodução/Propaganda eleitoral)

Laércio Betarelli tinha 58 anos e foi morto no dia 2 de outubro quando visitava, sozinho, a obra para canalização de um córrego no bairro Carimã, na periferia de Elias Fausto. Logo após o homicídio, a Secretaria de Segurança Pública do estado informou que o prefeito havia sido vítima de uma emboscada, uma execução planejada por algum desafeto.

Mandante
Empresário é acusado de ser mandante do crime
contra o prefeito (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
No dia 22 de outubro, o empresário Sérgio Vicente Picão foi preso acusado de ser o mandante do assassinato. Na ocasião, a Polícia Civil informou que o crime teve motivação "econômica" porque Picão pretendia lançar loteamentos irregulares em Elias Fausto, mas os planos eram sempre frustrados por iniciativas do prefeito.

Também na data, a polícia divulgou o retrato falado do jovem suspeito de ter disparado contra Betarelli. O rapaz, no entanto, ainda estava foragido.

Defesa do empresário
Na semana passada, 20 dias após a prisão de Sérgio Vicente Picão, o advogado do empresário afirmou que pediria liberdade provisória do cliente, já que a Polícia Civil ainda não havia localizado o atirador e nem o valor que Picão teria pago pela morte do prefeito.

O advogado Osvaldo Flausino Junior disse ao G1 que a prisão do cliente é uma "armação" para dar "uma resposta rápida sobre o crime para a sociedade". Ele também criticou a forma como as investigações foram conduzidas. À polícia, o empresário negou participação no assassinato.

Evidência
Uma caminhonete Fiat Strada levou a investigação até o empresário. Picão comprou o veículo poucos dias antes do crime e tentou devolvê-lo depois após a morte do prefeito. O utilitário era usado para acompanhar a rotina de Betarelli, segundo a polícia, e foi visto no local do assassinato.

O veículo foi encontrado no dia 23 de outubro no Distrito de Cardeal. O Secretário de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o motorista da caminhonete seguiu o prefeito no dia do crime. "Temos fotos de radares que mostram o automóvel fazendo o mesmo caminho da vítima", ressaltou. A arma que o suspeito disse que abandonou dentro do veículo não foi encontrada.

Fonte - G1/Piracicaba

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