Recomendação da UnB de derrubar toda a estrutura é 'conservadora', diz Márcio Buzar.
Viaduto do Eixão: Márcio Buzar, diretor-geral do DER, diz que preço definirá obra
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A decisão de demolir ou não o restante do viaduto do Eixão Sul que desabou em 6 de fevereiro vai depender dos custos da obra. É o que defendeu o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), Márcio Buzar, em entrevista ao G1.
“Se for caro recuperar o tabuleiro [pedaço da laje por onde passam os carros], teremos de demolir”, afirmou Buzar.
“A gente, como é representante do Estado, tem que levar em consideração a dimensão também do custo.”
Os custos da reforma ou da demolição, segundo o diretor-geral do DER, ainda estão em análise.
Retirada do bloco do viaduto e limpeza da área no Eixão Sul (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília) |
'Posição conservadora'
As declarações de Buzar responderam à recomendação de demolição total do viaduto do Eixão sobre a Galeria dos Estados, feita por engenheiros da Universidade de Brasília (UnB). O laudo apresentado na quarta-feira (7) apontava que a degradação da estrutura havia ultrapassado “o dobro do limite crítico”.
O diretor-geral do DER avaliou a posição da universidade como “conservadora”. “Eles disseram assim: ‘Faz tudo de novo que é melhor’”, disse.
“Se a UnB achava que o governo ia escutar só ela, eu [como gestor] não posso fazer isso. Não posso, porque sou professor, ‘puxar brasa para a sardinha’ da universidade.”
O único consenso entre universidade e governo sobre demolição aponta para a necessidade de destruir os balanços do viaduto no Eixão Sul. Esses balanços são as estruturas responsáveis por sustentar as pistas. Os laudos apresentados até o momento alertaram para corrosão nas barras metálicas.
Vídeo explica conclusões de laudo técnico da UnB sobre viaduto do Eixão Sul, no DF |
A recomendação da UnB bate de frente com a posição do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). A entidade de classe rejeitou a demolição completa do viaduto do Eixão Sul em entrevista coletiva na manhã de quinta-feira (8).
Buzar, no entanto, negou que haja um impasse entre o Governo do Distrito Federal, o Crea e os engenheiros da UnB. “É uma divergência de opiniões de pessoas de alto nível. Tenho vários amigos, cada um com uma opinião e uma solução sobre o viaduto”, disse.
Fonte - Lucas Vidigal e Gabrielle Freire, G1 DF e TV Globo
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