Caso aconteceu há um ano e comoveu todo o país; a bisavó da criança chegou a ir presa
Bebê indígena Analu, enterrada viva pela família (Foto: Divulgação/MPE)
A bebê indígena Analu Kamayura Trumai, que comoveu o país ao ser resgatada com vida após ser enterrada pela avó, já está sob a guarda provisória do pai, Kayani Trumai Aweti, da etnia Kamayurá, na região de Peixoto de Azevedo (690 km de Cuiabá).
A medida foi autorizada pelo juiz Darwin de Souza Pontes, da 1ª Vara da Comarca de Canarana, no dia 14 de junho, após parecer do Ministério Público de Mato Grosso e estudos psicossociais.
“Depois de muitos estudos e avaliações de diversas situações, constatamos que a melhor opção era o pai biológico. Ele demonstrou interesse real e sério pela criança, sempre visitava a Analu na Casa da Criança de Canarana, apresentou um bom comportamento desde o início, então entendemos por bem entregar para ele”, disse o magistrado.
Pai da bebê Analu, o indígena Kayani Trumai Aweti (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Com a concessão provisória da guarda da bebê, o juiz também expediu carta precatória ao magistrado responsável pela Comarca de Peixoto de Azevedo, Evandro Juarez Rodrigues, para fazer o acompanhamento periódico do caso.
A guarda definitiva da criança será analisada daqui a seis meses.
O caso
Filha de uma adolescente, a criança nasceu em casa, na parte da tarde. A mãe foi auxiliada pela avó e bisavó da bebê. Contudo, depois do parto, a bisavó saiu com a criança. Ela teria sido a responsável por enrolá-la em um pano e enterrá-la viva. Ela não comunicou o que fez a nenhuma autoridade.
O fato foi descoberto porque, depois do parto, a adolescente sofreu uma grave hemorragia e precisou de atendimento médico. Uma enfermeira, ao saber do acontecido, denunciou a situação para o chefe. A polícia também já tinha sido avisada por uma denúncia anônima.
Analu foi resgatada por uma equipe de policias militares já na noite daquele dia, 5 de junho de 2018. Ela estava enterrada em um terreno dentro de uma aldeia próxima à cidade de Canarana. O socorro foi registrado em um vídeo, que correu as redes sociais.
Nesse tempo, a criança passou um mês em tratamento na Santa Casa de Cuiabá e depois foi encaminhada para sua cidade, Canarana. Lá ela viveu em um abrigo e fez tratamento na Casa de Saúde Indígena (Casai) para garantir a saúde.
Fonte - O Livre
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