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Caso de racismo em pastelaria no RS foi forjado, aponta inquérito

Homem teria criado uma conta falsa e feito o pedido. Suposto caso de racismo ganhou repercussão após ele mesmo divulgar prints da conversa


Reprodução

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu, nesta sexta-feira (17/11), o inquérito que investiga um caso de racismo em uma pastelaria na cidade de Campo Bom e decidiu indiciar o proprietário do estabelecimento por forjar a situação.

De acordo com a investigação, ele teria criado uma conta falsa e feito o pedido na loja. Nas observações, ele solicitou que fosse enviado um motoboy branco para fazer a entrega, em vez de um negro.

“Na última vez, veio um motoboy negro. Peço a gentileza que mande um branco. Não gosto de pessoas assim encostando na minha comida”, escreveu.

O proprietário divulgou prints da conversa e até registrou uma ocorrência. Mas acabou confessando que era o autor do comentário racista.

“Após intenso trabalho investigativo, com análise e cruzamento de dados, os policiais civis verificaram que a própria vítima teria sido o autor da manifestação com cunho ofensivo, discriminatório e preconceituoso”, informou a Polícia Civil.

“O proprietário do restaurante foi novamente intimado para prestar declarações e, então, confrontado pela Polícia Civil a respeito dos dados obtidos, disse que gostaria de se retratar, assumindo que ele próprio criou a conta no aplicativo do iFood e encaminhou o pedido com a observação discriminatória.”

O homem foi indiciado por falsa comunicação de crime.

Repúdio

Nas redes sociais, a empresa franqueadora chegou publicar uma nota em solidariedade ao proprietário, no entanto, após a conclusão do inquérito, repudiou a atitude.

“[A empresa] tomará todas as atitudes punitivas necessárias a qualquer infração de ética ou transgressão das boas normas contratuais, caso sejam confirmadas quaisquer práticas criminosas por parte do franqueado em questão”, escreveu, em comunicado.

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