Com a aproximação da inauguração do Centro Olímpico de Santa Maria (antiga Vila Olímpica), anunciada pelo gerente de esportes da Administração Regional Heraldo Gomes Cabral, em entrevista a um periódico, para meados de dezembro, surgiu também algumas dúvidas com relação à segurança que o local oferece no que tange a acessibilidade.
De acordo com o líder comunitário Francisco de Assis Fonseca, em nenhum dos lados da via frontal ao Centro Olímpico não tem ondulação, tampouco faixa de pedestres. “A via oferece bastante perigo para a comunidade, pois, por ser um local isolado, que possui uma “curva não sinuosa” e os motoristas costumam transitar em alta velocidade e não têm a visão do final da tal curva”, disse.
Outro ponto enfocado por Fonseca é a que questão de não haver calçadas. “Caso venham construir faixas e ondulações, terão também que construir calçadas para que os usuários ao atravessarem a vias, terem como chegar em segurança no local e caso não construam o calçamento, de nada adiantará, pois os usuários continuarão a trafegar pela via”.
Com as obras concluídas há aproximadamente dois anos, o Centro Olímpico está abandonado, o mato toma conta de toda área e para inauguração o local terá que passar por revitalização. Há cerca de um ano, um veículo chocou-se contra o alambrado que cerca o local e até então não foram realizadas obras de recuperação, bem como o local já apresenta um estado de degradação pela ação do tempo.
Segundo o administrador Márcio Gonçalves, o governo irá começar nos próximos dias uma operação de revitalização do espaço para que a comunidade tenha maior conforto ao utiliza-lo. “Iremos deixar o Centro Olímpico em condições para receber os usuários na data prevista para a sua inauguração”, disse. Para ele o novo Centro Olímpico de Santa Maria será um dos melhores do DF. “Temos a preocupação de proporcionar à comunidade uma estrutura completa e agradável. Depois de dois anos da entrega das obras, vamos agora entrega-lo a comunidade cumprindo todas as exigências de segurança e acessibilidade”, completou.
Com relação ao cronograma de funcionamento do local, Fonseca diz está preocupado, pois de acordo com levantamento realizado pelo líder, até o momento não foram elaboradas e apresentadas para a comunidade atividades, bem como cadastramento dos usuários. “Isso me preocupa muito, pois ao inaugurar, entendo que simbolicamente o centro, eles ainda levarão mais ou menos uns dois meses para coloca-lo definitivamente em condições de funcionamento. Então porque não começar agora? Enfocou”.
Fonseca ainda explica que o funcionamento do centro não deve se resumir somente para a comunidade aberta e sim terá que ser elaborado um cronograma onde serão atendidos vários seguimentos da comunidade tais como escolas, empresas, associações, etc. “Não podemos deixar fazer com um espaço que é público, local para apadrinhamentos e troca de favores somente entre “companheiros” a exemplo do que acontece em outros locais”, resumiu.
De acordo com o administrador Marcinho, o cronograma de funcionamento será elaborado em parceria com a Secretaria de Esportes do GDF, tão logo seja sinalizado pela pasta. Ele também explica que entende a preocupação do líder quanto à oferta de oportunidades para moradores locais e que esta é uma preocupação sua também, porém diz que a parte de contratação, manutenção e administração compete à Secretaria de Esportes, todavia nada o impede de propor que sejam contratados profissionais da cidade.
Para finalizar, Fonseca sugere que os colaboradores e funcionários que prestarão serviços no Centro Olímpico sejam moradores da cidade. “Temos pessoas qualificadas aqui em Santa Maria para administrar e trabalhar no local e que estão necessitadas de um trabalho. Assim, não acho justo que tragam pessoas de foram para trabalhar em um espaço que é nosso”, concluiu.
Heraldo Gomes Cabral informa que o Centro Olímpico de Santa Maria deve ser inaugurado entre os dias 05 e 20 de dezembro próximo.
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