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GDF diminui comissionados, mas aumenta despesas com pessoal de confiança


Segundo a gestão atual, a comparação deve ser feita em relação a setembro, quando o quadro no GDF era maior


O atual governador prometeu a redução de comissionados em 60% durante a campanha: Casa Civil admite que objetivo ainda não foi atingido

Promessa de campanha, a redução de 60% dos cargos comissionados de livre provimento no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) ainda não é realidade no GDF. Com 50 dias de gestão, a parcela da máquina pública destinada a funcionários sem concurso público diminuiu em 1.148 cargos — 6,74% do total —, em comparação ao fim do ano passado. Mas a previsão máxima de gastos com a administração atual é R$ 217 mil mais cara por mês — 0,45% maior que em 2014. Entretanto, o socialista aumentou o número de funções de confiança (exclusivos de servidores de carreira), o que faz a redução de comissionados baixar para 976 postos (4,68%). O GDF, no entanto, rebate os números e aponta para redução de 49% no número de comissionados sem vínculo em comparação a setembro, data em que Rollemberg prometeu reduzir comissionados.

Os números a que a reportagem teve acesso são públicos e foram obtidos a partir dos decretos de estruturação dos órgãos do Poder Executivo nos primeiros 45 dias deste ano. Eles foram compilados pela liderança do PT na Câmara Legislativa, que reuniu a previsão da estrutura montada por Rollemberg e comparou com os números deixados por Agnelo Queiroz. Segundo o PT, ele dispunha de 17.011 cargos em comissão — com custo máximo mensal de R$ 48.066.572,25 — e de 3.829 funções de confiança — R$ 4.315.216,95/mês —, num total de 20.838 cargos e funções, ao custo de R$ 52.361.789,20.

Já o socialista, segundo o levantamento do partido de Agnelo, dispõe de 15.863 cargos comissionados — que custam R$ 48.264.193,38 — e 3.999 funções de confiança — R$ 4.639.404,38 —, num total de 19.862 cargos que podem custar R$ 52.903.597,76/mês.

Entre os órgãos que sofreram alterações administrativas e aumentaram a expectativa de despesas está a Secretaria de Justiça e Cidadania. Antes denominada Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, a pasta perdeu as subsecretarias de direitos humanos e das pessoas com deficiência, que passaram para a Secretaria de Política para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Mesmo com a remoção desses cargos, a antiga Sejus saiu dos 361 postos comissionados disponíveis (R$ 941 mil mensais) para 598 cargos (R$ 1,5 milhão); diferença de 63% no custo.

Fonte: Correio Braziliense

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