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Paredão – Uma casa de amigos

Imagine participar de uma partida de futebol, onde o time que irá enfrentar tem o nome de “Paredão” e de quebra o zagueiro tem fama de não deixar passar nada além da bola. Dá até um frio na espinha, não é mesmo? Pois bem, esse era o time em que jogava o fundador de um dos mais tradicionais restaurantes do Guará.
 


Luiz Furtado, o popular “PAREDÃO”, está a 18 anos no ramo e durante esse período colecionou amigos incontáveis que frequentam diariamente o seu “modesto” self-service, localizado na QE 26 do Guara II. Esse mineiro de Serra do Salitre, chegou em Brasília em meados de 67, tempo em que desenvolveu várias atividades até se tornar o empresário bem sucedido que é hoje. “Tentei servir o exército e como não tinha vagas, fui então ser fuzileiro naval, aonde servi como soldado do primeiro grupamento. Trabalhei ainda em várias empresas, sendo que em uma delas tive o prazer de participar da construção do antigo estádio Mané Garrincha”, disse.

Ele conta que aos 48 anos de vida estava com dificuldades de encontrar emprego, daí veio a ideia de arrendar um bar na QE 26, na época chamado de “Bar do Edgar”. “Ninguém queria me dar emprego com o argumento de que eu estava velho, daí decidi vender pinga e para minha surpresa, muitos daqueles que me negaram trabalho, começaram a frequentar o meu estabelecimento, ou seja, de rejeitado passei a patrão”, brincou.

A partir daí, foram somente alegrias, pois, não precisei investir em propagandas para a divulgação da minha mais nova empreitada, uma vez que, a cada dia, os amigos que traziam novos frequentadores. O Paredão, então passou a considerado o esconderijo de alguns funcionário públicos que costumavam “dar seus voos” durante o expediente de trabalho. “Tem uma frase que é rotina ouvirmos aqui. Sempre que as esposas ligam para os maridos, esses informam que ‘estão no trabalho”, brincou.

“Paredão” é uma pessoa visionária que carrega no sangue a fórmula do sucesso. Seu antigo bar e hoje restaurante de sucesso, sempre foi frequentado pela mais alta cúpula do governo, se tornando ponto de encontro de policiais Civis e Militares, bem como, orgulha-se de já ter receber entre os vários frequentares, políticos renomados, citando por exemplo os ex-governadores Roriz e Arruda.

Perguntado sobre como consegue tomar conta do empreendimento sozinho, uma vez que, já havia afirmado que a família não participa da sua administração, “Paredão” é enfático em dizer que jamais trabalhou sozinho e que a pouco tempo aumentou ainda mais o seu patrimônio. “Olha, eram três sócios, o Pombo (30%), Alceu (30%) e PC (30%). Eu apenas administrava o restaurante. Acontece que o Pombo já viajou e eu fiquei com a sua parte. Agora só estou esperando o Alceu e o PC também partirem para que eu assuma os negócios sozinho”, falou aos risos.

Muitos “causos” estão crivados na história do restaurante e que “Paredão” diz que ainda irá publica-los em um livro a ser distribuído entre os amigos. “Imagina vinte anos de causos que aconteceram aqui entre os vários frequentadores. Todo mundo tem uma história diferente e que no final se encontram. Um dia ainda vou publicar um livro contando todas essas histórias”, afirmou.

Segundo “Paredão”, um dos principais fatores que fez o estabelecimento se tornar tradicional na região foi o tempero peculiar e único que possui. “Nada melhor do que saborear uma comida caseira feita ao gosto de alho e óleo. O tempero para ser atrativo tem que ser bem simples, uma vez que é exatamente isso que o cliente procura. Também há o fato de que aqui é uma casa de amigos, onde 90% dos nosso frequentadores são formado de pessoas da antiga, sendo que muitos já aposentaram do serviço público e têm no “Paredão” um local para distração, ponto de encontro de amigos e jogar conversa fora”, enfatizou.

Casado a 30 anos, pai de quatro filhos e três netos, “Paredão” também se orgulha em dizer que está próximo da aposentadoria (acontecerá no próximo dia 31/07). “Assim que eu me aposentar, vou dar descanso para minha família e frequentar ainda mais o ‘Paredão’. Só vou chegar em casa de madrugada”, brincou.

Ciúmes

“Paredão” explicou que uma das maiores crises que teve em sua vida foi de saber que em outra cidade existia um restaurante com o mesmo nome do seu. Sem pensar duas vezes, partiu para a cidade e de pronto tirou satisfação com o proprietário, dizendo que esse não tinha autorização de usar o seu “nome” naquela empresa. Obrigando ainda o empresário a mudar o nome. “Não sei se ele mudou, porém o recado foi dado”, disse.




Fonte - Agência Satélite

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