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Ex-senador Luiz Estevão divide cela com Pizzolato na Papuda

Ele cumprirá pena por condenação, de 2006, imposta pela Justiça de SP. Entre os crimes a que foi condenado estão corrupção ativa e estelionato.

O ex-senador Luiz Estevão deixa o Instituto Médico Legal de Brasília após passar por exame de corpo de delito (Foto: Guilherme Timóteo/TV Globo)

Transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda nesta quarta-feira (9), o ex-senador Luiz Estevão divide cela com o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e com o publicitário Ramon Hollerbach, ambos condenados no escândalo do mensalão. De acordo com o subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, Anderson Espíndola, há dois beliches na cela. "É o suficiente para comportar bem quatro pessoas", afirmou.

Estevão cumprirá pena pela condenação imposta pela Justiça de São Paulo, a 31 anos de prisão pelos crimes de corrupção ativa, estelionato, peculato, formação de quadrilha e uso de documento falso nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Dois dos crimes, quadrilha e uso de documento falso, podem estar prescritos e a pena final deve ser de 26 anos.

O político se entregou à polícia na manhã de terça, mas só foi transferido nesta quarta porque a Vara de Execuções Penais expediu a autorização para que ele fosse levado para o presídio depois das 16h desta terça, quando não havia mais expediente administrativo no Centro de Detenção Provisória, onde ele foi alocado. Ele está no bloco 5 da ala dos presos vulneráveis, destinada a idosos ou pessoas que correm ricos à integridade.
Todos os presos dessa ala são lá colocados por decisão judicial. Não há nenhum privilégio, é apenas para garantir a proteção deles, que é um dever do Estado"
subsecretário do Sistema Penitenciário, Anderson Espíndola

"Todos os presos dessa ala são lá colocados por decisão judicial. Não há nenhum privilégio, é apenas para garantir a proteção deles, que é um dever do Estado", explica Espíndola. "Eles são divididos de acordo com o regime. Pizzolato e Hollerbach, assim como Luiz Estevão, estão no regime fechado. A ala tem 32 presos atualmente e são 40 vagas."

Assim como os companheiros de cela, o político terá direito a duas horas diárias de banho de sol. Dez pessoas poderão se cadastrar para visitá-lo – nove da família e um amigo. Segundo o subsecretário, só quatro podem entrar por dia de visita. Celas da ala dos vulneráveis têm 21 metros quadrados, um vaso sanitário, um chuveiro com água quente, beliches e uma mesa de plástico.

Hollerbach foi condenado a 23 anos e 8 meses de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Ele era sócio do publicitário Marcos Valério, considerado o operador do esquema do mensalão.

Já Pizzolato cumpre pena de 12 anos e 7 meses por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Ele chegou a fugir para a Itália em 2013, na tentativa de evitar a prisão, mas acabou detido e extraditado no fim do ano passado.

Complexo da Papuda, em Brasília (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Transferência
Luiz Estevão foi transferido para a Papuda na manhã desta quarta. Ele passou a noite na carceragem do Departamento de Polícia Especializada, onde se entregou na manhã de terça e passou por exame de corpo de delito. O cumprimento da pena acontece dez anos após a condenação. Nesse período, a defesa dele entrou com mais de 30 recursos para tentar evitar a prisão.

Estevão foi transferido somente nesta quarta porque a Vara de Execuções Penais expediu a autorização para que ele fosse levado para o presídio depois das 16h desta terça, quando não havia mais expediente administrativo no Centro de Detenção Provisória, onde ele foi alocado.

A transferência foi feita em um carro comum da Polícia Civil, que deixou o departamento às 9h30. Estevão cumprirá pena pela condenação, de 2006, imposta pela Justiça de São Paulo.


Fonte - G1/Distrito Federal

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