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DF registrou 158 casos de violência sexual contra crianças em 2015


Levantamento do Ministério Público mostra que Ceilândia lidera o ranking de ocorrências

Um ato capaz de deixar marcas profundas no corpo e na alma, a violência sexual contra crianças e adolescentes é, infelizmente, uma realidade para alguns pequenos brasilienses. Neste domingo (1º/5), um homem de 56 anos foi detido na Feira do Produtor de Vicente Pires, acusado de abusar sexualmente da filha e das netas. O caso engrossa agora uma triste estatística.

Somente em 2015, o Distrito Federal registrou 158 inquéritos desse tipo de crime. A cidade com mais ocorrências é Ceilândia, que acumulou 30; seguida por Planaltina, 14; São Sebastião, 13; e Samambaia, 12. Os dados são de um levantamento feito pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência e à Exploração Sexual contra Criança e Adolescente, do Ministério Público do DF e Territórios.

O fato de a maior parte dos casos ter sido registrada em cidades mais carentes reflete a necessidade de maior atuação do Estado. “Em Ceilândia, o nível de desestrutura social é elevado, assim como no Itapoã, em Planaltina e em São Sebastião”, explica o promotor Thiago Pierobom, titular do núcleo.

Para o promotor, a redução desses números é um desafio que passa necessariamente pelo fortalecimento das políticas públicas voltadas a combater os abusos. Nesse contexto, a falta de creches, por exemplo, é apontada como um fator que contribui para que as crianças fiquem mais vulneráveis. “A mãe sai para trabalhar e os filhos ficam expostos. Os meninos, muitas vezes, se envolvem com o consumo ou tráfico de drogas e as meninas acabam expostas aos crimes sexuais”, pontua o promotor. De acordo com o Disque 100, 80% das vítimas são garotas e 85% dos agressores, homens.

OCORRÊNCIAS POR REGIÃO ADMINISTRATIVA

Ocorrências por região administrativa

Para inibir a violência sexual contra crianças e adolescentes, o Ministério Público sugere algumas ações. Uma delas é envolver a escola e a rede de saúde na proteção dos pequenos. Thiago Pierobom afirma que professores, médicos e enfermeiros precisam ficar atentos aos sinais de abuso e estimular as vítimas a denunciarem.

A criação, pelo Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios, de uma vara especializada em crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes é apontada como outra ação fundamental. “Investimentos na segurança pública também são essenciais. Na Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA), faltam policiais para dar vazão à demanda. Reconhecemos o esforço hercúleo dos agentes, mas a realidade é que a estrutura está sucateada”, diz o promotor.


Fonte - Site Metrópoles

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