A investigação foi feita pela Delegacia de proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) da Polícia Civil. As netas eram vítimas desde que tinham apenas seis e quatro anos. Atualmente, elas são adolescentes.
O Conselho Tutelar chegou a fazer um trabalho na região e verificou que o ambiente familiar não era o adequado para a criação das crianças. As seis foram levadas para um abrigo, algumas foram adotadas e outras ainda estão à espera de um novo lar.
Em 2013, funcionárias relataram que cinco crianças apresentaram um comportamento diferenciado e sexualizado. O caso foi encaminhado à DPCA. Com base no depoimento das vítimas, a polícia passou a investigar o carroceiro.
Uma das filhas e mãe de três crianças relatou à polícia que também sofreu abuso do pai. “Ela dizia que ele a colocava na carroça e fazia todo tipo de abuso em um local abandonado.
Cresceu em um ambiente vulnerável. Contou que engravidou três vezes do pai. Quando descobriu que as filhas também foram vítimas, decidiu expor o caso”, explicou o delegado-chefe da DPCA, Wisllei Salomão.
O comportamento agressivo do homem, intimidava a família. Segundo a polícia, ele já foi denunciado por maus-tratos aos animais, roubo e tentativa de homicídio. Há oito anos, o homem agrediu o namorado da filha – que era constantemente estuprada – com uma faca.
“O inquérito foi instaurado há três anos. O fator que mais dificultou as investigações foi a ‘esperteza’ do autor. Ele era protegido por colegas na região onde morava. Quando a polícia chegava na Estrutural, davam endereços, nomes e localizações falsas”, lembrou o delegado.
No momento da prisão, ele se apresentou aos agentes com um nome falso e negou todos os crimes. Agora, o suspeito ficará detido por cinco dias na carceragem da Polícia Civil e depois será encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda. Um exame de DNA também será realizado para constatar a paternidade das crianças.
Fonte: Site Metrópoles
Leia também em www.agenciasatelite.com.br

