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'Não há surto de sífilis', diz GDF após Ministério da Saúde confirmar epidemia

Secretaria de Saúde diz que taxas de infecção seguiram 'tendência nacional'. Durante lançamento de campanha de combate à doença, governo federal afirmou que país ainda vive epidemia.

Por Luiza Garonce, G1 DF

Testes rápidos de sífilis são feitos na rede municipal de João Pessoa (Foto: Ivomar Gomes/Secom-JP)
Um dia após o lançamento da campanha do governo federal de combate e tratamento da sífilis – doença sexualmente transmissível –, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou ao G1 que "não há surto de sífilis" na capital. Nesta terça-feira (31), a diretora do Departamento de Vigilância Prevenção e Controle das DSTs do ministério da Saúde, Adele Benzaken, afirmou que Brasil ainda vive em situação de epidemia.

Surtos acontecem quando há um aumento repentino no número de casos de uma doença em uma região. Já a epidemia ocorre quando há uma série de surtos em diversas regiões próximas.

No plano nacional, o número de casos da doença em adultos aumentou 27,9% em 2016, em comparação com o ano anterior. Em gestantes, cresceu 14,7%, e a congênita, quando é transmitida para o feto, 4,7%. No DF, até agosto, foram registrados 889 casos.

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, desde 2011 o número de infecções vem crescendo, especialmente em adultos. No ano passado, foram 1.288 casos de sífilis adquirida, 312 em gestantes e 220 da congênita.

"A doença tem apresentado um crescimento em todo o país e, na capital federal, desde 2013, a tendência nacional foi seguida", informou o GDF.

Coeficiente de detecção de sífilis adquirida no DF de 2011 a 2016 (Foto: Boletim Epidemiológico do GDF/Reprodução)

Para fazer o tratamento da sífilis na rede pública, a Secretaria de Saúde informou que basta procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, onde uma equipe médica deve "indicar o melhor tratamento para o paciente".

"A Secretaria de Saúde tem atuado fortemente na prevenção – em especial na distribuição de preservativos e orientações – quanto no diagnóstico e assistência aos pacientes infectados."

Segundo a pasta, o teste rápido para detecção da doença está disponível em todas as unidades e o estoque da penicilina benzatina, antibiótico usado em adultos para tratamento da doença, "está regular", mas não informou quantitativo.

Tipos de infecção

Enfermeira faz teste de sangue para identificar sífilis, doença sexualmente transmissível (Foto: Jéssica Alves/G1)
Como no DF, em todo o país a contaminação por sífilis é mais expressiva entre adultos, com 87.593 mil casos registrados no ano passado. Os homens são os mais atingidos, especialmente na faixa etária entre 20 e 29 anos. Para 2017, a projeção do Ministério de Saúde é de 94.460 casos.

Os casos de sífilis na gestação têm taxas de crescimento menores, mas também estão em ascendência desde 2010. Segundo dados do ministério, no ano passado 37.436 mil gestantes foram infectadas. Destas, em 20.474 casos a doença foi transmitida para o bebê – a chamada sífilis congênita.

A recomendação médica é que as gestantes façam o teste dentro do primeiro trimestre de gravidez e um outro no terceiro. "A gestante está chegando depois do 5º mês, mas o diagnóstico precisa ser precoce para garantir que este bebê não vá nascer com a sífilis congênita", diretora do Departamento de Vigilância Prevenção e Controle das DSTs Adele Benzaken.

Prevenção e tratamento

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, em coletiva de imprensa sobre o status da sífilis no país (Foto: Luiza Garonce/G1)

Para conter os avanços da doença, o ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 200 milhões em 100 municípios que concentram 60% dos casos de sífilis de todo o país – o DF não está incluído. Já para abastecimento nacional, também foram comprados 2,5 milhões de frascos de penicilina benzatina e 450 mil do tipo cristalina – de uso infantil.

O valor investido é de R$ 13,5 milhões e deve ser suficiente até março de 2019, segundo estimativa do governo. Com isso, o ministro Ricardo Barros afirmou que o tratamento da doença por uso de penicilina "está garantido" em todo o país.


Fonte - G1/Distrito Federal

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