Aumentam
os problemas, diminuem as soluções e sobram reclamações. Enquanto isso a
prefeita Sônia Chaves tenta esculachar a imprensa local.
Enquanto
o povo amarga nas filas do único posto de pronto atendimento 24h ou passa meses
para poder conseguir marcar uma consulta médica numa rede de saúde “falida” de
gestão, aonde o Executivo responsável por essa não possui qualquer projeto
específico para mudar o quadro e dar dignidade para a comunidade, a Prefeitura
de Novo Gama, cidade do entorno sul do DF se preocupa em desqualificar a
imprensa local por estar denunciando os problemas administrativos da cidade e a
“bandalheira” que se tornou o poder público local. As denúncias vão desde a
superfaturamento de contratos à perseguição de servidores e pessoas comuns que
não concordam com a atual gestão.
Recentemente
a prefeita do município, professora Sônia Chaves (PSDB), disse em uma
entrevista que a imprensa local, a mesma que denuncia diariamente os problemas
que assola o município, não diz a verdade, sobrevivendo de perseguição ao
Executivo, pois é “falida”. Ela ainda deixou a interpretação de que a imprensa
novogamense estaria esperando por favores da Prefeitura da cidade, ou seja, o
famoso “cala-boca”. “Gostaria de dizer que essa imprensa falida, fala, fala,
fala. Mas, gostaria de estar no nosso lugar”. Ela ainda se referiu com atos de
“deboche” aos profissionais da imprensa local, dizendo que “essa meia dúzia se
intitula jornalistas”. Esse fato aconteceu quando a prefeita foi indaga sobre
as constantes denúncias negativas ao seu governo produzidas pela imprensa
local. Para justificar a “inercia” do seu governo, a prefeita desferiu ataques
aos jornalistas.
Imediatamente
toda a imprensa, “de fato e direito”, se uniu em prol de repudiar as afirmações
da chefe do Executivo novogamense. Os principais meios de comunicação, sérios
do município, se uniram e repudiaram ao que disse a prefeita em ato de “destempero”.
Segundo os jornalistas, a comunidade não consegue enxergar ações concretas do
governo em benefício da cidade.
Para
o jornalista Walter Hamilton, Sônia tenta disseminar àqueles que são contrários
ao seu governo denunciando os problemas do município, dando credibilidade
somente aos que “são contratados” e fiscalizados pela Prefeitura. “Ela
vergonhosamente anunciou na página oficial da Prefeitura Municipal de Novo Gama
meia dúzia de pessoas que se auto intitulam jornalistas, parceiros do governo e
sob a supervisão de assessores da Prefeitura (encabrestados para disseminar
apenas o que é bom aos olhos dela), e resolve atacar os que não tem rabo preso
ou que esperam favores pessoais, ou seja, a imprensa livre que mostra sem dó e
nem piedade a pouca vergonha que vive o município de Novo Gama, que é chamada
de "FALIDA" pela prefeita Sônia Chaves”, disse.
Já
o jornalista Paulo Tavares comentou em uma rede social o seu repúdio às
afirmações de Sônia Chaves, dando credibilidade ao trabalho realizado pela
“imprensa livre” de Novo Gama. “O trabalho dos senhores jornalistas que podem
botar suas caras nos meios de comunicação e cobrar o governo está sendo muito
bem feito tanto que o governo tem se mostrado preocupado com o trabalho dos
senhores. Toda a população novogamense apoia o trabalho e se sensibiliza com o
ato imoral da prefeita contra o belo trabalho exercido por vocês”, disse.
“Ela
foi infeliz em dizer tais coisas contra a imprensa. Sua fala caracterizou que,
aqueles que são comprados pela prefeitura não denunciam os problemas do
município, diga-se de passagem, são raros os veículos de imprensa que elogiam o
governo Sônia Chaves”, afirmou o jornalista Ranieri Gonçalves.
O
fato foi tão comentado na cidade que o assunto chegou até a Câmara de
Vereadores e foi alvo de debate acalorado durante uma sessão. Segundo o
vereador Christovam Machado, as afirmações de Sônia Chaves não condizem com a
realidade. “Quero dizer que a prefeita está criticando uma imprensa imparcial
que fala a verdade doa a quem doer, que critica um governo que não está bom e
não a pessoa da prefeita. Diferentemente da imprensa cor de rosa que trabalha
em prol do Executivo”, disse.
O
vereador ainda afirmou que declara todo seu apoio e também repudia as
afirmações de Sônia Chaves. “Quero dizer que declaro todo meu apoio à imprensa
responsável do município, imprensa imparcial que fala a verdade e que continue
falando, pois, a prefeita não vai conseguir calar”.
Com
relação ao fato de Sônia Chaves se referir a imprensa como “falida”, Christovam
fez graves denúncias contra o Executivo. “Falido vai ficar o município se
continuar pagando obras que não foram executadas, pagando obras superfaturadas
e fazendo cabide de empregos na Prefeitura”, afirmou.

Após
um ano e dois meses de governo, o Executivo continua com o discurso de que está
arrumando a casa, pagando dívidas de gestões passadas. Esqueceram de informar
para a comunidade que tais dívidas cresceram após o rombo que o mesmo governo
deixou quando administrou o município por longos 12 anos. Outro ponto, foi o
lapso de memória da atual gestão em relatar os vários desvios de recursos
durante sua última gestão, entre os quais os 4,5 milhões do Fundeb que até
então não foram esclarecidos.
A
Prefeitura continua “inerte”, pois os problemas se arrastam e aumentam a cada
dia. Os buracos tomam conta das principais avenidas e adjacências, o mato
cresce e toma conta das praças, escolas, becos, etc., a segurança pública é
precária, a educação estável, o comércio na UTI e o governo fazendo discurso e
dizendo que está tudo bem ou se preocupando em perseguir a imprensa que
denuncia constantemente os problemas do município. “Ela (Prefeitura) deveria
era nos agradecer por estarmos levando, ao seu gabinete, de graça, os vários
problemas que assola o município, ou seja, o que estamos fazendo é um serviço
de apoio ao Executivo que insiste em governar ao clima de ar condicionado de um
gabinete”, afirmou outro jornalista.
Um
dos locais com maior problema de acessibilidade é o bairro Grande Vale, sem
desmerecer aos demais que estão em estado catastrófico. O bairro está tomando
por mato e crateras que invade as ruas, deixando essas intransitáveis. Cabe
ressaltar que a recuperação do bairro foi uma promessa de campanha da atual
gestão para os primeiros seis meses de governo e passados um ano e dois meses,
nada foi feito para aquela comunidade. “Eu deixo o meu carro na casa da minha
sogra, pois na minha rua não entra mais carro. Aí acontece do local está cheio
de lixo, pois não há coleta e para piorar, minha família corre o risco de
assaltos diários, pois somos forçados a andar quase dois quilômetros a pé por
causa da irresponsabilidade de uma pessoa que elegemos para resolver os nossos
problemas e o que ela fez? Nada!”. Disse a técnica em informática Maria Eduarda
Fonseca.
A
segurança na cidade é caótica, aonde os homicídios crescem assustadoramente.
Isso, sem falar em roubos e furtos. Durante os primeiros meses do ano, foram
mais de 8 homicídios, além do aumento em mais de 60% de furtos e roubos de
veículos, o que deixou a comunidade assustada. Sônia justifica que a segurança
pública é de responsabilidade do governo estadual, diga-se de passagem, do
mesmo partido seu (PSDB), mas, cobra poder de polícia aos guardas municipais.
Todavia, não oferece condições de trabalho aos mesmos. “A única coisa que
recebemos este ano, foi um radinho de comunicação que andamos com ele escondido
na roupa, pois, se mostrarmos corremos o risco de sermos roubados e ter de
pagar pelo equipamento, além de quase sempre sermos obrigados a empurrar as
viaturas por falta de manutenção ou combustível”, disse um guarda que pediu
anonimato.
O
comércio local está passando por crise levando os comerciantes a criarem
alternativas para driblar o momento e não fecharem as portas, aonde muitas
vezes a única saída é demitir funcionários. Assim, muitos desses acabam pela
informalidade e são “perseguidos”, tendo suas mercadorias apreendidas pela equipe
de fiscalização Prefeitura, pois atuam de forma não regulamentada. “Se eu não
tenho dinheiro as vezes nem para comprar carne para fazer os churrasquinhos,
como vou ter dinheiro para pagar imposto para a Prefeitura. Ela (prefeita)
teria que dar apoio e nos ajudar nesse momento e não ficar perseguido e
apreendendo nossas mercadorias, pois, sou mãe e tenho que alimentar os meus
filhos, caso contrário chamam o Conselho Tutelar para leva-los”, disse Maria(*),
uma vendedora ambulante.
Enquanto
isto, a sua excelência, a prefeita de Novo Gama, professora Sônia Chaves,
resolve atacar e tentar desmoralizar ou até mesmo tirar de circulação todos
aqueles veículos de imprensa, sérios, constituídos de fato e de direito,
reconhecidos legalmente, e que divulgam os desmandos da sua gestão. Com a
palavra o MP. Em tempo: “Quem não quer ter seus atos divulgados, não seja
pessoa pública”.
Fonte - Celso Alonso/Agência Satélite
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