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Isolado, Ciro diz ter sido “marcado para morrer” na campanha

O pedetista subiu o tom contra Lula e demonstrou, em entrevista à Globonews, estar ressentido com o tratamento recebido do PT

VINÍCIUS SANTA ROSA/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, subiu o tom contra o PT nesta quarta-feira (1º/8). Em sabatina promovida pela Globonews, o ex-governador do Ceará incluiu o partido, liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como um dos maiores interessados em seu fracasso na eleição de 2018.

Para Ciro, os petistas, o MDB e o PSDB trabalharam para isolá-lo. “Desde que lancei minha candidatura eu já sabia que eu era um cabra marcado para morrer”, reclamou. “Iam trabalhar para me isolar: o MDB de Michel Temer, o PSDB de Geraldo Alckmin e o PT de Lula. Devo ter alguma coisa bem interessante para mostrar ao povo”, disse o presidenciável, em entrevista.

Nessa quarta (1º), o PT firmou um acordo eleitoral com o PSB. Cortejados por Ciro, os socialistas acertaram com os petistas uma neutralidade na corrida presidencial. Ciro disse que ainda trabalha para ter o apoio do PSB. “Não recebi nenhuma carta, nenhum sinal de fumaça e estou aguardando que se confirme isso”, disse.

O acordo é um revés para o candidato do PDT, Ciro Gomes. Ele vinha articulando com o PSB o apoio para a disputa pelo Planalto. Em troca, Ciro oferece a vaga de vice em sua chapa. O PSB realiza convenção partidária no próximo domingo (5), onde irá oficializar seu futuro eleitoral.

Segundo o pedetista, o PT coloca o país na beira de um abismo ao defender a candidatura de Lula. “O PT está ensaiando uma valsa à beira do abismo. Há um verdadeiro caos no Brasil. Se o Lula é candidato, é arriscado ou não é arriscado o país nessa beira do abismo?”.

O pedetista se mostrou ressentido com a postura do PT e de Lula em relação a ele. “Me surpreendeu o nível de radicalismo em relação ao jeito que eles (PT) começaram a me tratar de um tempo pra cá. Não sei o porquê disso”, destacou.

Ciro Gomes é o terceiro presidenciável entrevistado nesta semana pela Globonews. Na última segunda-feira (30/7), jornalistas da emissora sabatinaram Álvaro Dias (Podemos). Na terça (31), ouviram Marina Silva(Rede).

Segundo levantamento CNI-Ibope divulgado no final de junho, Ciro Gomes soma de 4% a 8% nas intenções de voto. No cenário que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro surge em quarto lugar. Sem o petista, o ex-governador cearense fica em terceiro. Segundo a pesquisa, Ciro é rejeitado por 18% dos eleitores.

A candidatura do ex-governador do Ceará foi confirmada pelo PDT em 20 de julho. Aos 60 anos, será a terceira vez que ele concorrerá à Presidência. Em 1998, somou 7,426 milhões de votos (10,97% do total válido) e ficou em terceiro lugar. Naquele ano, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi reeleito. Em 2002, alcançou o quarto lugar, com 10,170 milhões de votos, 11,97% do total válido. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito no segundo turno.

Ciro busca um nome para concorrer como vice. Nessa quarta (1º), a missão ficou mais difícil. O pedetista sofreu um revés após o PSB fechar um acordo eleitoral do PT. Os socialistas vão optar pela neutralidade na corrida presidencial. Ciro cortejava o PSB para compor chapa na disputa pelo Planalto.

No acordo, o PT não vai lançar a vereadora Marília Arraes ao governo de Pernambuco e apoiará a reeleição de Paulo Câmara (PSB). Em Minas Gerais, os socialistas não vão lançar Márcio Lacerda ao governo local e apoiarão a reeleição de Fernando Pimentel (PT). Ciro ainda não formalizou nenhuma aliança para a corrida presidencial.


Fonte - Metrópoles

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