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FIASCO - Lula cancela live semanal após auditores do TCU apontarem que transmissão é promoção pessoal

História por Sofia Aguiar

BRASÍLIA - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cancelou a transmissão semanal que faz ao vivo nas redes sociais, chamada de Conversa com o Presidente. A decisão foi tomada após área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) ter sugerido que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República seja advertida por causa da divulgação das lives semanais nas redes sociais de órgãos oficiais do governo.

O presidente Lula ao lado do jornalista Marcos Uchoa durante gravação da live semanal. FOTO: CanalGOV Foto: CanalGOV© Fornecido por Estadão

A transmissão costuma ocorrer todas as terças-feiras, às 8h30 e esta semana, por conta da viagem de Lula aos Estados Unidos, seria transmitida nesta quarta-feira. Mesmo em viagem, Lula costuma participar das lives, adequando-se para que elas aconteçam no período da manhã pelo horário de Brasília.

Como mostrou o Estadão, o governo do petista montou uma estrutura com oito funcionários da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) para levar ao ar as “lives”. Apesar da contratação de nomes de peso como o ex-jornalista da Globo Marcos Uchôa e de novos comissionados (cargos sem concurso público), a iniciativa tem “flopado” – termo usado na internet como sinônimo de “fracassado”.

Visualizações das 'lives' de Lula


Nesta semana, Lula cumpre agenda em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da 78ª Sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A assessoria do presidente havia informado na terça-feira que a live havia sido remarcada da terça para a quarta-feira. Contudo, na agenda do presidente, não constou o compromisso.

O parecer dos auditores do TCU foi emitido em resposta a uma representação proposta pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). Orleans e Bragança apresentou prints do Conversa com o Presidente compartilhados nas redes sociais da Secom, da Presidência da República, da Casa Civil, da Secretaria de Relações Institucionais, do Ministério das Cidades, da TV Brasil e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e diz que há “uma estruturação da publicidade institucional direcionada à promoção” de Lula.

O parecer da área técnica do TCU diz que, “no presente caso, havendo situações tanto de caráter informativo quanto de promoção pessoal no programa Conversa com o Presidente, conclui-se pela procedência parcial da representação”.

Na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, as transmissões ao vivo eram feitas uma vez por semana no fim do dia. O PT, partido de Lula, criticava o uso da estrutura da presidência nas gravações feitas por Bolsonaro.

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