O dono da Rumble, junto da empresa Trump Media Technology Group Corp, do presidente dos EUA, entraram com ação judicial contra Moraes
Vinícius Schmidt/ Metrópoles

O fundador e dono da Rumble, Chris Pavlovski, desafiou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que sua rede social não cumprirá as ordens do magistrado brasileiro. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (19/2), horas após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Rumble no Brasil
- A rede social Rumble interrompeu suas atividades no Brasil em 2023, após decisões de Alexandre de Moraes que pediam a remoção de conteúdos da plataforma.
- No início deste ano, a rede social retomou sua operação no Brasil.
- Nesta quarta-feira (19/2), a rede social e uma empresa de Donald Trump entraram com uma ação judicial contra Moraes.
- De acordo com a ação, as decisões de Alexandre de Moraes, que se aplicam contra empresas norte-americanas, violam a liberdade de expressão.
- Eles pedem que a Justiça conceda salvaguardas para as duas empresas contra decisões do ministro do STF, assim como a remoção do aplicativo Rumble de lojas virtuaisi como a Apple Store e a Google Play.
Em vez de cumprir as decisões de Moraes, como a remoção das contas do militante e comunicador bolsonarista Allan dos Santos do Rumble, Pavlovski disse que espera encontrar o ministro do STF nos tribunais.
“Oi, Alexandre”, escreveu Pavlovski em uma publicação no X. “A Rumble não cumprirá suas ordens ilegais. Em vez disso, nos veremos no tribunal”.
O recado do fundador da Rumble surge em meio a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro, apontado como o líder de uma organização criminosa de 33 pessoas, que planejavam aplicar um golpe de Estado no Brasil em 2022.
Desde quando assumiu a presidência em 20 de janeiro, a nova administração de Donald Trump tem sido vista como um trunfo para a oposição brasileira, que enxerga no novo presidente dos EUA uma voz para potencializar retóricas e acusações contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Um dos casos mais recentes desta movimentação aconteceu na última semana, quando apoiadores do ex-presidente denunciado ecoaram uma suposta interferência norte-americana nas últimas eleições presidenciais no Brasil, por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Até o momento, contudo, nenhuma prova concreta sobre a possível interferência da agência humanitária dos EUA no pleito brasileiro foi apresentada.