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Após prisão de Bolsonaro, Trump articula sanções contra esposa de Moraes


Por Agência Satélite

A resposta internacional à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar prisão domiciliar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro já começa a se consolidar. O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou discussões sobre um novo pacote de sanções, que pode atingir diretamente a esposa do magistrado, a advogada Viviane Barci de Moraes.

Nesta terça-feira (5/8), fontes da Casa Branca confirmaram que Washington avalia aplicar medidas com base na Lei Magnitsky — instrumento usado para punir violações de direitos humanos — a pessoas próximas ao ministro. A medida vem na esteira das sanções já impostas a Moraes e evidencia o incômodo crescente da comunidade internacional com decisões do Judiciário brasileiro que vêm sendo classificadas, por críticos, como autoritárias.

Segundo assessores do governo norte-americano, a possível sanção à esposa do ministro é vista como uma “extensão natural” das penalidades já impostas a Moraes. Caso aprovada, a medida pode inviabilizar a atuação do escritório Barci de Moraes em contratos com cidadãos, empresas ou instituições que tenham vínculos com os Estados Unidos, afetando diretamente os negócios da família.

Resistência ao tarifaço

Embora a ampliação do tarifaço sobre o Brasil também esteja sendo discutida, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo — ambos atuando junto ao governo Trump — defendem que as sanções continuem direcionadas às autoridades que, segundo eles, atentam contra a democracia, e não ao país como um todo.

A dupla atua para impedir que novas tarifas comerciais sejam aplicadas ao Brasil, priorizando a responsabilização individual de membros do Judiciário e de órgãos ligados ao STF, como forma de preservar a economia brasileira e manter o foco nos atos considerados abusivos contra Bolsonaro.

Estratégia internacional

Eduardo Bolsonaro e aliados avaliam que, caso Jair Bolsonaro venha a ser condenado pelo STF no processo em que é acusado de tentativa de golpe, o cerco internacional poderá se fechar ainda mais contra membros da Corte. Nesse cenário, novas sanções seriam consideradas uma resposta proporcional da comunidade internacional a uma eventual condenação política.

Mesmo assim, fontes da Casa Branca não descartam ações mais amplas. Segundo apurado, Trump pode adotar medidas inesperadas, ampliando o alcance das sanções a outros nomes ligados ao atual cenário político brasileiro.

A articulação liderada por Eduardo Bolsonaro reforça o posicionamento de que o ex-presidente conta com respaldo de lideranças internacionais e que cresce, fora do país, a percepção de que Jair Bolsonaro é alvo de perseguição judicial, enquanto seus adversários se beneficiam de um sistema que muitos já chamam de “justiça seletiva”

Isolamento internacional do STF

O movimento liderado por Trump escancara o crescente isolamento internacional do Supremo Tribunal Federal, cuja atuação vem sendo questionada por lideranças conservadoras no exterior. A aplicação da Lei Magnitsky — usada contra regimes autoritários acusados de violar direitos humanos — a um magistrado da mais alta Corte brasileira já havia sido considerada um fato inédito e grave. Agora, o cerco se amplia.

A ampliação do tarifaço contra o Brasil, embora discutida, enfrenta resistência por parte do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo, que participam das conversas com autoridades norte-americanas. Ambos defendem que as sanções se concentrem nas figuras diretamente envolvidas nas ações contra Bolsonaro, evitando penalizar o povo brasileiro.

STF no centro da crise

A estratégia articulada por Eduardo e Figueiredo prevê que novas sanções com base na Lei Magnitsky só sejam aplicadas a outros ministros do STF em caso de condenação de Jair Bolsonaro na ação penal em curso. A ideia é usar essa “carta na manga” como instrumento de pressão política e diplomática sobre a Suprema Corte.

Mesmo assim, fontes da própria Casa Branca afirmam que o presidente Trump pode antecipar novas medidas a qualquer momento, em resposta ao que considera um processo de perseguição política disfarçada de legalidade, conduzido por setores do Judiciário brasileiro.

O movimento evidencia uma crise de credibilidade internacional do STF e, principalmente, de Alexandre de Moraes, que tem se posicionado como protagonista de decisões que ignoram garantias constitucionais e aprofundam a polarização política no Brasil.

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