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Defesa de Bolsonaro desmonta acusações e reforça ausência de provas no STF

Ex-presidente e aliados encerram alegações finais com forte contestação à narrativa da PGR


Brasília — O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados do chamado “núcleo crucial” apresentaram nesta quarta-feira (13/8) suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF), reforçando o que sempre sustentaram: não há provas concretas que sustentem a acusação de tentativa de golpe.

As defesas destacaram que o processo é marcado por ilações, depoimentos frágeis e pela ausência de qualquer evidência direta que comprove a participação de Bolsonaro ou de outros réus em um suposto plano para manter o presidente no poder após as eleições.

“Não existe ato, ordem ou documento assinado por Bolsonaro que configure crime. As acusações se baseiam em narrativas e conjecturas”, reforça a defesa do ex-presidente.

Um dos pontos centrais levantados pelas defesas foi a fragilidade da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo os advogados, Cid teria “mentido reiteradas vezes” e apresentado versões contraditórias, o que torna seu depoimento imprestável como prova.

A defesa do general Braga Netto, por exemplo, afirmou que Cid foi pressionado e coagido a incriminar terceiros, evidenciando que a acusação carece de materialidade.

Todos os réus — incluindo ex-ministros, ex-comandantes militares e parlamentares — seguiram a mesma linha de argumentação: a PGR não apresentou provas sólidas, limitando-se a interpretações de discursos, reuniões e documentos que não têm relação direta com crime algum.

Para Bolsonaro, o processo reflete mais um capítulo da perseguição política que vem sofrendo desde que deixou o cargo, conduzida com aval do ministro Alexandre de Moraes, que atua como relator do caso e alvo constante de críticas por sua postura parcial.

Com a entrega das alegações finais, Moraes poderá incluir o processo na pauta da Primeira Turma do STF já em setembro. O colegiado, composto também por Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino, decidirá pela condenação ou absolvição — ou poderá ter o julgamento adiado caso algum ministro peça vista.

A expectativa de aliados é que, diante da fragilidade das provas e das inconsistências da acusação, prevaleça o devido processo legal e que Bolsonaro e seus apoiadores sejam absolvidos.

“O que se espera é que a Justiça não seja usada como arma política e que a verdade prevaleça”, afirmou um parlamentar próximo ao ex-presidente.

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