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EUA reforçam compromisso contra regimes autoritários ao cancelar vistos de familiares de Alexandre Padilha


Por Agência Satélite

Em mais uma ação firme contra iniciativas ligadas a regimes autoritários e à exploração de profissionais estrangeiros, o governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da esposa e da filha, de 10 anos, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT). As duas se encontram no Brasil, e a medida foi comunicada na manhã desta sexta-feira (15) pelo Consulado-Geral dos EUA em São Paulo.

Segundo os comunicados enviados à família, “surgiram informações indicando” que as duas não eram mais elegíveis para manter a permissão de entrada no país. Padilha não foi diretamente afetado, pois seu visto está vencido desde 2024.

A ação faz parte de uma série de sanções aplicadas nesta semana pelo Departamento de Estado dos EUA contra autoridades brasileiras envolvidas com o programa Mais Médicos — iniciativa criada em 2013, sob gestão de Padilha, e fortemente criticada por Washington. Em publicação oficial, a embaixada americana descreveu o programa como “um golpe diplomático que explorou médicos cubanos, enriqueceu o regime cubano corrupto e foi acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da Opas [Organização Pan-Americana da Saúde]”.


Também tiveram vistos revogados Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral para a COP30. Para analistas políticos, a medida representa um recado claro: autoridades e ex-autoridades que, segundo os EUA, contribuíram para sustentar regimes antidemocráticos não terão espaço no país norte-americano.

A ofensiva americana não se restringe ao Executivo. Em julho, ministros do Supremo Tribunal Federal — incluindo Alexandre de Moraes e familiares imediatos — também tiveram vistos suspensos. Para o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA, as sanções “reforçam o compromisso da administração Trump em conter e punir regimes autoritários”.

Ao mirar integrantes de diferentes esferas de poder no Brasil, Washington sinaliza que continuará atuando de forma contundente contra práticas que considera nocivas à liberdade, à transparência e aos direitos humanos.

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