No Dia Nacional da Saúde, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) e o IgesDF reforçam a importância de saber onde buscar atendimento em cada situação.
No Distrito Federal, a rede pública de saúde é estruturada para garantir que cada cidadão receba o atendimento adequado, no local correto e no momento certo. Saber diferenciar o papel das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e dos hospitais é fundamental para usar melhor os serviços e evitar sobrecargas.
Em comemoração ao Dia Nacional da Saúde (5 de agosto), a SES-DF e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) se uniram para orientar a população sobre como utilizar corretamente cada tipo de unidade.
UBS: A porta de entrada do SUS
As UBSs são a base da atenção primária e o primeiro contato com o sistema público de saúde. Nelas, atuam equipes da Estratégia Saúde da Família, responsáveis por atender regiões específicas com foco em prevenção, promoção da saúde, controle de doenças crônicas e atendimento a casos sem urgência.
Pelo portal InfoSaúde DF, é possível saber qual UBS atende sua área e ter acesso a serviços como:
- Vacinação
- Pré-natal
- Controle de pressão alta e diabetes
- Acompanhamento de saúde ao longo da vida
“Investir na atenção primária é essencial para que o SUS funcione melhor e atenda às reais necessidades da população”, afirma Fernando Erick, coordenador da Atenção Primária da SES-DF.
Hoje, o DF conta com 176 UBSs, espalhadas em todas as regiões administrativas.
UPA 24h: Atendimento para urgências de média gravidade
Sentiu febre alta que não passa, dor intensa, dificuldade para respirar ou picos de pressão alta? A melhor opção é procurar uma UPA, que funciona 24 horas por dia.
As UPAs atendem casos de urgência e emergência de média complexidade, contando com:
- Exames laboratoriais
- Raio-x
- Medicamentos
- Avaliação médica e estabilização do paciente
Segundo Marina Santos, superintendente substituta das UPAs no DF, ainda existe muita confusão sobre o que é uma emergência. Ela explica que a UPA não substitui o hospital, mas evita que ele fique sobrecarregado com casos que podem ser resolvidos ali.
“Assim que o paciente chega, passa pela classificação de risco, e os casos mais graves são atendidos primeiro”, destaca Marina.
Atualmente, o DF possui 13 UPAs em funcionamento e outras 7 em construção.
Hospitais: Casos graves e tratamentos complexos
Os hospitais são destinados aos casos de alta complexidade, como:
- Infartos
- AVCs
- Traumas graves
- Cirurgias
- Internações e exames avançados
O atendimento hospitalar é regulado pelo sistema da SES-DF, que prioriza os pacientes conforme critérios clínicos, garantindo o uso correto dos leitos.
Segundo Cleber Monteiro, diretor-presidente do IgesDF, os hospitais do DF contam com tecnologia de ponta e equipes multidisciplinares. No Hospital de Base (HBDF) e no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), por exemplo, são realizados procedimentos de alta complexidade, como:
- Transplantes de rim e córnea (HBDF)
- Cirurgias especializadas, incluindo bucomaxilofaciais
- Atendimento a partos de alto risco (HRSM)
- Exames como tomografia e endoscopia
Ao todo, o DF possui 16 hospitais da rede pública, sendo 11 regionais e 5 unidades de referência distrital.
Escolher corretamente faz a diferença
Allan Montalvão, de 27 anos, é usuário do SUS no DF e já passou por todas as etapas da rede. Ele relembra um episódio em que sentiu dor no estômago e correu para o hospital — mas foi orientado de que o ideal seria ter ido à UPA.
“A gente fica com medo e vai direto para o hospital, mas me explicaram que, em muitos casos, a UPA já resolve. Hoje eu sei que isso ajuda a deixar o hospital livre para quem realmente está em situação grave.”
Casos como o de Allan mostram a importância de usar o serviço certo no momento certo. Isso ajuda a reduzir filas, melhora a qualidade do atendimento e otimiza os recursos públicos.
Educação em saúde: papel de todos
Neste Dia Nacional da Saúde, SES-DF e IgesDF reafirmam o compromisso com a educação em saúde e o fortalecimento do SUS no DF. Uma população bem informada contribui para um sistema mais ágil, eficiente e humano.
“Cada um de nós tem um papel nessa construção”, finaliza Cleber Monteiro, presidente do IgesDF.
