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Lula vai à ONU cercado por desconfiança e risco de constrangimento internacional

Arte - Metrópoles

Por Celso Alonso - Agência Satélite

A participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, já nasce marcada por tensões e desconfiança. Longe de ser reconhecido como liderança de prestígio global, Lula carrega para o evento a imagem de um chefe de Estado envolto em polêmicas, divisões internas e uma diplomacia cada vez mais questionada.

Nos bastidores, rumores sobre a possibilidade de o presidente norte-americano Donald Trump adotar medidas duras contra Lula, ainda que juridicamente inviáveis, demonstram o grau de desgaste e fragilidade que o petista projeta ao mundo. Em vez de ser recebido como voz respeitada do Brasil, Lula chega sob o peso da polarização, alimentando debates que expõem sua vulnerabilidade e a falta de confiança que desperta em parte da comunidade internacional.

As próprias falas de Lula contra o líder americano mostram o nível de atrito que se instalou na relação. Ao reagir às pressões de Washington, o petista disparou: “Nenhum estrangeiro vai dar ordem a este presidente.” Em outro momento, acusou diretamente os EUA de ultrapassarem os limites diplomáticos: “O Brasil é um país soberano e democrático, que respeita os direitos humanos e a independência entre os Poderes... É inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira.”

Lula também chamou as ameaças comerciais vindas da Casa Branca de chantagem: “Não podemos aceitar esse tipo de imposição. O que o governo Trump está fazendo é chantagem inaceitável contra o Brasil.” E, reforçando o tom de confronto, afirmou: “Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém.”

Em meio a essas tensões diplomáticas, um novo episódio reacende a preocupação. Parte da comitiva brasileira ainda não recebeu os vistos necessários para entrar nos Estados Unidos para participar da Assembleia da ONU. O Itamaraty afirmou que os pedidos estão em processamento, mas alertou que, caso haja negativa ou atraso prolongado, isso configuraria violação ao acordo entre os EUA e a ONU referente ao direito de delegações de estados-membros acessarem a sede para compromissos oficiais. 

Críticos observam que o presidente brasileiro, em vez de fortalecer pontes, acumula atritos. Sua retórica agressiva e os embates com parceiros estratégicos vêm isolando o Brasil e enfraquecendo sua posição nas mesas de negociação globais.

Especialistas afirmam que a chance de qualquer tentativa contra Lula é mínima. No entanto, o simples fato de essa possibilidade ser cogitada já evidencia o quanto sua presença na ONU desperta tensão. O que deveria ser uma oportunidade de projetar o Brasil como potência confiável corre o risco de se transformar em mais um capítulo de constrangimento internacional para um presidente cuja credibilidade continua sendo contestada.

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