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Rejeição recorde e isolamento travam possível candidatura de Marconi em 2026

"Não sabemos o que se passa na articulação do PSDB, mas, lembrar de nomes como o de Sônia Chaves para compor uma possível chave na condição de vice, já beira a loucura, e entende-se que o Marconi está cada vez mais isolado e enterrando de vez a sua carreira política"

Foto - Reprodução

Por Celso Alonso - Agência Satélite

O ex-governador Marconi Perillo enfrenta um dos momentos mais delicados de sua trajetória política. Embora figure em 2º lugar nas primeiras pesquisas de intenção de voto para o governo de Goiás em 2026 — atrás do vice-governador Daniel Vilela e à frente do senador Wilder Morais e da deputada Adriana Accorsi —, Marconi convive com uma barreira quase intransponível: sua rejeição, que beira ou ultrapassa os 50% do eleitorado goiano.

De acordo com levantamento do Instituto Real Time Big Data, mais da metade dos eleitores em Goiás declara não votar de forma alguma no ex-governador. Essa rejeição vem se arrastando desde 2018, quando Perillo perdeu sua primeira eleição para o Senado. O cenário se repetiu em 2022, confirmando a resistência do eleitorado em dar novo fôlego ao tucano. Desde então, a situação pouco mudou para Marconi, enquanto o governador Ronaldo Caiado ampliou sua aprovação e consolidou espaço político, deixando o ex-governador em uma posição cada vez mais enfraquecida.

Foto - Reprodução Blogdojlb

Além da alta rejeição, Marconi também enfrenta o isolamento político. Seus antigos aliados migraram para a base caiadista ou buscaram novos caminhos. Até mesmo figuras de confiança, como o ex-deputado Carlos Alberto Lereia, hoje prefeito de Minaçu, se distanciaram. O esvaziamento de sua base ficou evidente nas recentes visitas à Assembleia Legislativa e à Câmara de Goiânia, onde foi recebido apenas por parlamentares do chamado baixo clero e por vereadores tucanos em minoria — muitos deles já alinhados a outros grupos políticos.

Outro ponto de desgaste é a situação do PSDB, legenda que no passado garantiu sustentação ao seu poder e hoje se encontra reduzida, sem expressão em Goiás e praticamente irrelevante no cenário nacional. A debacle do partido reforça a dificuldade de Marconi em articular uma candidatura competitiva ao Palácio das Esmeraldas.

A dificuldade de consolidar um projeto majoritário é tamanha que, diante da ausência de nomes de maior peso político e visibilidade, o grupo de Marconi já avalia opções para vice como Sônia Chaves, ex-prefeita de Novo Gama, ou Capitã Elisete, liderança de Anápolis. Apesar de ser uma tucana histórica, Sônia Chaves teve sua imagem solapada devido à popularidade do prefeito Carlinhos do Mangão (PL), que domina, hoje, a cena política em Novo Gama e região. Além disso, pesam contra a ex-prefeita as duras críticas à sua última gestão a frente da administração do município, considerada uma das mais frágeis administrativamente nos últimos anos.

Sônia também viveu o dissabor de sucessivas derrotas eleitorais: perdeu a reeleição para deputada estadual quando enfrentou, no município, o atual secretário de Governo, Narciso Carvalho, além de ser derrotada nas urnas em sua tentativa de voltar à Prefeitura de Novo Gama, onde acabou atropelada pelo atual prefeito Carlinhos do Mangão (PL). Esse histórico fragiliza ainda mais seu nome como possível vice de Marconi e evidência o encolhimento de sua influência política na região.

A cogitação de nomes sem expressão estadual demonstra a limitação de articulação do ex-governador e reforça o tamanho do desafio que teria pela frente em 2026. De acordo com lideranças políticas, o nome de Sônia Chaves, apesar de ser uma das saídas encontradas pelo grupo de Perillo, é vista como meio de sepultar definitivamente as pretensões do tucano de tentar voltar a cena política do estado. "Não sabemos o que se passa na articulação do PSDB, mas, lembrar de nomes como o de Sônia Chaves para compor uma possível chave na condição de vice, já beira a loucura, e entende-se que o Marconi está cada vez mais isolado e enterrando de vez a sua carreira política", disse uma importante liderança política do Entorno.

Analistas avaliam que, sem autocrítica e preso a um discurso que insiste em reviver as glórias de gestões passadas, Marconi não consegue reconquistar espaço. Suas entrevistas seguem uma linha passadista, distante das demandas atuais da população, o que contribui para manter elevada sua rejeição.

Diante desse quadro, especialistas apontam que uma candidatura a cargos majoritários se torna improvável. Para muitos, a alternativa mais viável para Marconi seria buscar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026 — opção considerada mais realista diante das circunstâncias. "Não que, se candidatando a deputado federal, ele pudesse ter exito, mas já seria uma chance dele reaparecer para os goianos e mostrar que ainda pretende continuar, mas uma eventual nova derrota seria o fim da sua carreira", completou a liderança política do Entorno

O fato é que a combinação de rejeição recorde, isolamento político e a fragilidade do PSDB coloca em xeque qualquer possibilidade concreta de retorno de Marconi Perillo ao protagonismo estadual. O cenário indica que sua influência, que já foi determinante na política goiana, encontra-se hoje em seu ponto mais baixo.

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