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CRIME - Mais um crime em distribuidora de bebidas


A cada dia que passa mais ocorrências envolvendo consumo de bebidas alcoólicas altas horas da noite acabam resultando em alguma ação criminosa, principalmente em Santa Maria.

Somente no setor norte da cidade estão instaladas aproximadamente vinte distribuidoras de bebidas e muitas destas, fogem completamente de seu propósito, pois ao que tudo indica, estes locais são destinados exclusivamente para venda, porém o que acontece é o consumo desenfreado e estes locais, muitas vezes, passam a ter conotação de “barzinho”. Outra situação desfavorável é a questão da localização destas distribuidoras de bebidas, onde muitas destas estão instaladas no interior das quadras residenciais e devido ao transito excessivo de pessoas durante a madrugada, tiram a tranquilidade dos moradores ou acabam por serem elos de ações criminosas.

Na madrugada de domingo (20/11), um crime banal aconteceu em função do funcionamento de uma destas distribuidoras de bebidas localizada na QR 118, próximo a um condomínio residencial. Um homem de 24 anos foi assassinado por volta da meia-noite depois de pedir para que quatro rapazes desligassem o som de um carro que estava estacionado em frente à distribuidora de bebidas que ele trabalhava e que estava causando desconforto aos moradores da redondeza.

Os suspeitos não gostaram do pedido feito por Wesley Costa Ferreira e começaram uma discussão. Após baterem boca os homens foram embora e voltaram cerca de 30 minutos depois armados. A vítima que estava dentro do comércio foi chamada para fora e alvejada cinco vezes por arma de fogo. A vítima morreu no local.

Ainda na madrugada, policiais civis conseguiram prender um homem de 19 anos e apreender um adolescente de 17. Os outros dois suspeitos de terem participado do crime já foram identificados e a polícia acredita prende-los nas próximas horas.

Moradores da localidade ficaram chocados com tamanha violência. Segundo Maria Paula Rodrigues, diz que acordou espantada com os disparos, pois a janela do seu quarto fica ao lado da distribuidora. “Fiquei horrorizada com a quantidade de tiros bem ao lado da minha janela. Já pensou se algum atingisse alguém da minha família ou de outras que moram aqui no condomínio?”

Já Jacinto Figueira de Meneses, muito já foi feito pela comunidade, visando o fechamento destas “distribuidoras” que funcionam a noite toda. “Já solicitamos à Administração Regional e outro órgãos, e até o momento nada foi feito. Pelo que sabemos, essa distribuidora nem licença de funcionamento possui, a exemplo da muitas outras espalhadas na cidade que além de venderem bebidas de forma desenfreada, ainda são ponto de venda e consumo de drogas, isso sem falar da algazarra que é realizada nestes locais”, disse.

Procurado para comentar sobre o assunto, o administrador Márcio Gonçalves diz que o governo aprovou a lei que regulariza os comércios de todo o DF e na cidade só receberá tal licença a empresa que se enquadrar nos critérios estabelecidos. Com relação ao ato criminoso acontecido Marcinho informou que existem vários pedidos para que a Agefis fiscalize, porém devido a grande quantidade de comércios e o número reduzido de servidores, não foi possível fiscalizar todos, todavia os pedidos são reforçados constantemente.

Exemplo de diminuição sistemática da criminalidade em função de funcionamento de bares, distribuidoras e similares acontece no Porto Rico, aonde os índices de criminalidade chegaram a praticamente zero desde que foi assumido o novo comando de policiamento na cidade. Nenhum bar ou similar pode permanecer aberto após um determinado horário da noite. “Desde que a Polícia Militar começou a agir orientando e algumas vezes em parceria com órgãos responsáveis, fechando os comércios, acabaram os crimes aqui no condomínio”, disse Teresinha da Silva Rocha, presidente da Associação de Moradores.

Teresinha afirma que a ação só foi possível, pois a polícia teve o apoio de todos os moradores, inclusive donos dos bares. “Somente com o apoio maciço da comunidade, conseguimos reduzir a criminalidade aqui no Porto Rico”, completou.

O comandante do 26º Batalhão de Polícia, TC Giuliano informou à equipe do JSN que a Polícia Militar faz rondas constantes na cidade, inclusive nos bares, lanchonetes e similares, porém não pode obrigar um comerciante a fechar o comércio sem uma determinação judicial. “A comunidade tem que ligar para a Polícia Militar pelo 190, sempre que houver alguma suspeita ou ação que impeça a sua tranquilidade, assim, podemos intervir na prevenção de ações criminosas que hora possam acontecer”, disse.

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