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Distritais se movimentam para reviver projetos que lhes dão superpoderes

Deputados usam como medida de pressão a participação deles na aprovação do Fundo Especial da Dívida Ativa (Fedat)

Publicação: 27/11/2014 06:00 Atualização: 27/11/2014 13:41

Grupo se movimenta nos bastidores para reviver os dois projetos (Antonio Cunha/CB/D.A Press)
Grupo se movimenta nos bastidores para reviver os dois projetos


Mal a presidência da Câmara Legislativa anunciou o engavetamento de duas propostas polêmicas, criadas para tentar inviabilizar a abertura de processos de cassação de parlamentares, e um grupo de distritais se movimenta nos bastidores para tentar ressuscitá-la. Os defensores dessa retomada, aliás, estariam condicionando a participação deles na aprovação do Fundo Especial da Dívida Ativa (Fedat), matéria de interesse do Executivo que tramita na Casa, desde que os dois textos sejam desengavetados.


Dessa forma, o grupo pretende recolocar as ideias em pauta ou alterá-las. Pode ser até que projetos semelhantes sejam apresentados. A urgência na apreciação está baseada na tese de que, numa nova composição, não se sabe se a maioria dos parlamentares da próxima legislatura assumiria algum compromisso para proteger colegas envolvidos em ações criminais e por improbidade administrativa em andamento na Justiça.

“Superado”


Chico Leite (PT) sempre foi contrário às propostas

Um dos projetos de resolução trata justamente da exigência de trânsito em julgado de ações judiciais para que ocorra a abertura de investigação interna contra os distritais. Dos deputados reeleitos, Cristiano Araújo (PTB), Agaciel Maia (PTC), Wellington Luiz (PMDB) e Liliane Roriz (PRTB) têm investigações na esfera do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e ações por motivos diversos na Justiça. Por meio da assessoria de Comunicação, a filha do ex-governador Joaquim Roriz diz que não vê com bons olhos discutir novamente o tema neste ano.

Entre a tarde de terça-feira, quando se decidiu sobre a retirada dos projetos internos, e o fim da tarde de ontem, vários deputados foram procurados pelo grupo para tentar fazer a manobra. A maioria se colocou contrária a voltar à discussão até o fim do ano. Pelo menos dois foram veementes na rejeição, os petistas Wasny de Roure, presidente do Legislativo, e Chico Vigilante.

Ambos preferiram não identificar os interlocutores, mas confirmaram a articulação. “Existe o compromisso público assumido por mim de não votar. Eu fui procurado e não aceito conversar sobre isso. Se for condicionante para não votar o Fedat, então, não votaremos. Enquanto eu for vivo, esses PRs não voltam a ser debatidos. Só por cima do meu cadáver é que eles voltam à pauta”, garantiu Wasny. Como presidente, ele tem a prerrogativa de incluir ou não um assunto nas votações. “Não farei isso. Assumi a responsabilidade e o desgaste.” Ele assinou uma das propostas e votou “sim” em 1º turno, mas voltou atrás e retirou as propostas da pauta.

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