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Sem receber, professores chamam vice-governador do DF de 'caloteiro'


Protesto ocorreu durante ação de combate à dengue e à febre chikungunya. Executivo se reúne com categoria nesta sexta para discutir situação, disse.

O vice-governador Renato Santana (de costas, de terno escuro) ouve queixas de professores durante evento no Gama (Foto: Raquel Morais/G1)

Professores da rede pública do Distrito Federal aproveitaram o lançamento da ação de combate à dengue e à febre chikungunya na manhã desta quinta-feira (26) para protestar mais uma vez contra a falta de pagamento do 13º salário e das férias. O vice-governador Renato Santana cedeu o microfone para um dos manifestantes dizendo que a pauta da categoria é também a do Executivo.

Representante da categoria, o professor de filosofia Kleber Ribeiro culpou o governador Rodrigo Rollemberg pela manutenção da paralisação, considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça. Rollemberg faltou à cerimônia.

"Se não tiver o apoio do professor na sala de aula, esse evento é só para sair na mídia", disse. "O governador Rodrigo Rollemberg, diferente de todos os governos anteriores, não pagou os professores. A dívida de férias é do Rollemberg. Tem uma dívida de 13º salário que é do Agnelo [Queiroz, ex-governador], mas as férias são dele."

Durante o evento, membros do grupo de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da chikungunya, trocaram ofensas com os 50 professores presentes. O vice-governador chegou a ser chamado de "caloteiro" pelos professores. Santana pediu respeito aos manifestantes. Ele não comentou as outras declarações.

O vice-governador declarou que representantes do Executivo se reúnem com o sindicato da categoria nesta sexta para negociar a situação na Educação. Santana também disse que o impasse só pode ser resolvido por meio de diálogo.

"Nós não estamos no governo com a intenção de errar. [...] Eu também nunca tive o meu salário parcelado. Nós atravessaremos isso", afirmou

O evento ocorreu no Centro de Orientação Socioeducativo, no Setor Leste do Gama. O objetivo era lançar o "Dia D" contra as doenças e chamar atenção para as duas doenças e incentivar a população a reforçar medidas de prevenção que envolvem a eliminação de possíveis focos do inseto.

De acordo com o governo, o DF já tem 14 casos de dengue confirmadas no Gama neste ano. Em 2014 houve 90 ocorrências.
Professores da rede pública fecham o Eixo Monumental em frente ao Palácio do Buriti, em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)

Greve
Mesmo com uma decisão judicial determinando o fim imediato da greve dos professores da rede pública, escolas do Distrito Federal amanheceram sem aulas nesta quinta-feira (26). O sindicato afirmou que ainda não foi comunicado da decisão e que a orientação continua sendo de que os profissionais mantenham a paralisação até sexta.

Dados da Secretaria de Educação apontam que, desde o início do movimento, 95% das instituições estão fechadas. O G1 esteve no Caseb e no Centro de Ensino Fundamental 03 pela manhã e constatou a situação. Mesmo onde os portões estavam abertos não havia alunos.

A decisão da Justiça autoriza o GDF a cortar o ponto dos grevistas em caso de desobediência à ordem judicial. O juiz determinou multa de R$ 50 mil para cada dia de descumprimento. A categoria tem assembleia marcada para esta sexta para discutir os rumos do movimento.

A greve dos professores teve início na última segunda-feira (23), data prevista para o início do ano letivo. A categoria protesta contra atrasos no abono de férias e de parte do 13º salário, redução do número de coordenadores e alteração no calendário escolar.

No primeiro dia de paralisação, os professores chegaram bloquearam o Eixo Monumental. A paralisação afeta 470 mil alunos das escolas públicas do DF. A rede tem 27 mil professores, já incluindo 3,5 mil temporários.

O desembargador aceitou o argumento da procuradoria de que a paralisação traz graves prejuízos aos alunos. Na petição, a Secretaria de Educação informou que a adesão ao movimento chegou a 95% das 657 escolas públicas.

O governo também disse que “está empenhado em buscar recursos para efetivar o pagamento das verbas em atraso à categoria e que já obteve autorização junto à Câmara Legislativa para antecipar receita orçamentária, no montante de R$ 400 milhões, que deve ser liberado em abril”.

Fonte: G1.com

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