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Distritais contam com mais diálogo

O líder do governo, distrital Julio César (PRB), considera que a capacidade de diálogo político do novo gestor da secretaria, Sérgio Sampaio, será o fiel da balança deste processo

Francisco Dutra
Especial para o Jornal de Brasília


A princípio, a nova Casa Civil não estará na linha de frente das articulações com a Câmara Legislativa. Mas sua postura será fundamental na reconstrução de laços com os distritais e na formulação de uma base aliada consistente. O líder do governo, distrital Julio César (PRB), considera que a capacidade de diálogo político do novo gestor da secretaria, Sérgio Sampaio, será o fiel da balança deste processo.

“Ele deve cultivar o contato com os parlamentares. Manter um diálogo saudável. Há deputados com ideias maravilhosas para o DF que não procuram o governo porque sabem que elas estavam sendo simplesmente cortadas”, ponderou. 

Nas palavras do deputado, sua participação não se resume à cargos e espaços, ações e projetos de governo também são mecanismos válidos nesta construção. 

Segundo Julio César, as pontes do GDF não podem ser construídas apenas com a Secretaria de Relações Institucionais, comandada por Marcos Dantas. 

Carreira federal

Pelo fato de o novo secretário estar desembarcando de uma longa carreira no Congresso, o distrital nutre expectativas positivas quanto ao seu desempenho e desenvoltura com a Câmara. Para Julio César, os deputados da base têm interesse em ajudar e participar do governo, mas não significa que eles vão ao Buriti para interferir na gestão.

“O secretário Arthur Bernardes, por exemplo, está sofrendo muitas críticas pelo decreto de alteração do Pró-DF. Faltou ao governo dar a chance dos deputados e da sociedade dialogar. As decisões não podem ser abruptas. Às vezes, um artigo mal colocado muda tudo”, diz. 

Questão de sensatez

Na análise do líder governista, o ex-secretário da Casa Civil, Hélio Doyle mostrou sensatez ao deixar o governo. “Ele fez a leitura correta do tamanho do desgaste. A culpa dos problemas do governo, não apenas com a Câmara, mas também com o setor produtivo estava nos seus ombros. E ao deixar a Casa Civil ele tirou o foco da crise”, interpretou.

A situação do GDF na Câmara é desconfortável. O Executivo encontra severas dificuldades para aprovar projetos importantes, a exemplo da venda de ações das estatais, reajuste na Taxa de Limpeza Pública e a reformulação do sistema de previdência dos servidores. E, nas votações, o governo não consegue aprovar projetos sem a condescendência da oposição.

Os chamados independentes, como petistas ou peemedebistas, têm sido cruciais para aprovar as propostas do Buriti.

Expectativa de liberdade para as secretarias

O líder do governo na Câmara espera que o novo comando da Casa Civil dê mais liberdade para as demais secretarias do GDF. Na perspectiva de Julio César, com mais autonomia as secretarias poderão gerar melhores resultados.

“A Casa Civil estava centralizando muito as forças do Buriti. No começo do ano, até que isso era bom para proteger o novo governo. Mas já passou muito tempo e temos que dar mais autonomia para os secretários e administradores”, detalha. Lembrando que parte dos secretários é indicação de parlamentares.

No caso de projetos polêmicos, Julio César argumenta que o GDF precisa estar aberto as mudanças propostas pelos parlamentares. Por exemplo, o líder do governo apresentou duas emendas para o projeto de venda das ações das empresas públicas. “Uma delas é para que não haja venda da Caesb. 

Outra é para que 35% do que for adquirido com as vendas volte para as empresas”, citou. Não teve resposta.



Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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