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DF alega 'falta de experiência' e barra delegadas para o Conselho Tutelar

Elas chefiaram por mais de cinco anos unidade especializada em crianças. Comissão avaliou currículos e vetou 1,8 mil; recurso ocorre até esta terça.

Sistema avisa que candidatas tiveram candidatura indeferida (Foto: Reprodução)

Duas delegadas que já chefiaram unidades voltadas à proteção de crianças e adolescentes foram barradas na eleição de conselheiros tutelares do Distrito Federal por supostamente não conseguirem comprovar experiência para o cargo. Os currículos delas foram analisados por um conselho da área, que disse que elas não demonstraram ter lidado durante três anos com o tema, como previsto em edital. A Secretaria da Criança e do Adolescente reconhece a possibilidade de erro e diz que os candidatos têm até quarta-feira (2) para recorrer.

O concurso oferece 200 vagas nos 40 conselhos e salários de R$ 4,8 mil. A eleição ocorre em todo o país no dia 4 de outubro, mas antes os candidatos fazem avaliações específicas. De acordo com o governo, 1,8 mil pessoas tiveram candidatura indeferida na capital do país – 24,6% dos concorrentes. Conselheiros que buscam se reeleger também estariam nessa situação.

Aprovada em primeiro lugar na prova de conhecimentos objetivos, a delegada Suzana Orlandi comandou por cinco anos a Delegacia da Criança e do Adolescente. Apesar de ela ter tido colocação de destaque ao concorrer com 7,3 mil candidatos, uma comissão formada por 18 integrantes do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente vetou a permanência dela no processo.

“A prova não foi fácil, foi muito específica. Alguém que não tem experiência nem teria passado. Minimamente estão sem critério e não conseguiram fazer uma análise da situação”, disse Suzana.

A delegada Valéria Martirena foi chefe por mais de oito anos na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e também teve a candidatura barrada. “Nunca imaginei que eu não fosse ser aprovada por falta de experiência, inclusive porque já fiz várias palestras para o Conselho Tutelar e até aulas de formação”, afirmou. “Nem sequer deram explicações do motivo [por terem indeferido a candidatura dela].”

Com 30 membros, o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente é presidido pela secretária Jane Reis. Ao G1, ela informou que foram “levantados alguns equívocos”, que serão analisados por todos os integrantes do conselho. Além do caso das delegadas, conselheiros tutelares que concorrem a um segundo mandato também tiveram candidatura vetada por não apresentarem documentação – o que não é necessário por já trabalharem no órgão.

Os cinco conselheiros tutelares de cada região são escolhidos por meio de eleição facultativa pela própria comunidade. Para Jane, não será preciso adiar a data do pleito. “Vamos finalizar todos os procedimentos dia 8 de setembro e permitir mais de 20 dias de campanha.”

Conselho Tutelar do Lago Norte tem brinquedoteca e espaço amplo (Foto: Isabella Formiga/G1)



Fonte - G1/DF

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