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Menina de 6 anos filma suposto abuso de padrasto e manda vídeo para a tia

Polícia Civil do DF diz que faltam provas para pedir prisão de suspeito. Padrasto nega abusos e diz que só deu 'abraço de urso' na criança. Estava apenas dando um ‘abraço de urso’ nela"

Uma menina de 6 anos filmou o padastro cometendo supostos abusos sexuais contra ela e enviou a gravação para o celular da tia, que registrou ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente do Distrito Federal (DPCA). Ao G1, o homem negou que tivesse molestado a criança. “Estava apenas dando um ‘abraço de urso’ nela”, disse.

O caso ocorreu no dia 20 de outubro e é investigado pela Polícia Civil. Na gravação a que o G1 teve acesso o padastro aparece de cueca preta e deita sobre a menina. A criança grita, dizendo que "está perdendo a respiração". Ele então a convida para "deitar na cama ao lado", e a menina diversas vezes diz "não".

A tia materna da menina disse que o vídeo foi um “pedido de socorro da sobrinha”. "A mãe dela é louca. Disse que iria bater muito na menina por ela ter acabado com o seu casamento. Ela disse também que os abusos sexuais eram brincadeiras entre eles. Um absurdo", afirmou.

A advogada do pai, Welisangela da Mata, disse que as três tias maternas da criança foram até a casa da mãe e do padrastro, em Taguatinga, quando uma delas recebeu o vídeo por um aplicativo de celular.

Seria horroso eu abusar da minha enteada e depois deitar novamente com a minha esposa"

"A mãe não queria deixar ela [vítima] sair de casa. O padastro até me ameaçou de morte. A menina teve de sair escondida e dormir na casa da tia que recebeu o vídeo. O vídeo é uma prova gigantesca. Nas imagens é possível perceber claramente os abusos sexuais. Ele está de pênis ereto e pede para a menina tocar no seu órgão genital", explica a advogada.

O homem afirmou que usava apenas cueca porque estava dormindo e que foi à sala para tirar o celular das mãos da menina, porque ela sempre brincava com o aparelho. “Seria horroso eu abusar da minha enteada e depois deitar novamente com a minha esposa”, declarou. Ele e a mulher vivem juntos há três anos.

O padrasto da menina disse que a criança é acompanhada por psicólogos porque “não é da personalidade dela ser carinhosa”. Ele disse que a gravação foi “uma brincadeira do cotidiano.” “Eu sabia que estava sendo filmado. Falei para ela que a amava e até pedi para ela mandar um beijo.”
Padrasto da menina

Ele disse que cria a menina como se fosse filha natural dele. “Eu pago a escola, plano de sáude e lazer. Edu estava sendo carinhoso e fazendo meu papel de padrasto.” Procurada pelo G1, a mãe da menina não quis se pronunciar. A reportagem não conseguiu contato com o pai de criança.

Falta de provas
De acordo com o delegado Robson de Almeida, a guarda provisória da criança foi cedida para o pai, que mora em Fortaleza, no Ceará, depois que as tias da criança denunciaram o caso. O delegado disse que não tinha como pedir a prisão do padrasto por falta de provas. De acordo com ele, o padrasto não tem antecedentes criminais e se colocou à disposição da Justiça.

"Estamos esperando o resultado do IML. Dificilmente o Judiciário decretará a prisão preventiva do homem. O vídeo não é suficiente, entende? Se dependesse de nós, ele já estaria atrás das grades. Infelizmente, para se pedir um mandado de prisão, é necessário diversos pontos. Um deles, é tentar atrapalhar as investigações, e ele não está fazendo isso", declarou.

Para a tia da menina, o caso é "revoltante". "A psicóloga da DPCA conversou com a criança. Ela relatou [vítima] com detalhes os abusos que eram constantes. O vídeo foi filmado no próprio celular do padrasto. Ele dá aé tchau para a câmera. É um absurdo. O que ele não esperava é que minha sobrinha fosse mandar rapidamente para nós", disse.

Ela afirmou que registrou boletins de ocorrência contra o padrasto e a irmã dela, mãe da menina, pelas ameaças de morte. O delegado afirmou que não houve registros de boletins de ocorrência sobre as supostas ameaças de morte. Segundo ele, é imprescindível que a família registre o fato. "As ameaças podem ajudar a pedir a prisão preventina do padrasto", informou Almeida.

Caso o padrasto seja preso, ele pode responder por estupro de vulnerável. Se condenado, pode pegar de 8 a 15 anos de prisão.

Fonte - G1/Distrito Federal

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