Luziânia bate o Gama nos pênaltis e é finalista do Candangão

Azulino goiano se recuperou de gol sofrido no início da partida e foi perfeito nas cobranças de pênalti

Por Lucas MagalhãesGama, DF

O JOGO

UM ERRO DEFINE NA MARCA FATAL

De um lado, uma equipe que queria a segunda final consecutiva. Do outro, um time que queria repetir o gostinho de decidir o Candangão dois anos depois do primeiro título. Foi assim que Gama e Luziânia entraram em campo no Bezerrão na noite desta quarta-feira. Em uma partida nervosa, com muitos cartões amarelos e emoção, o Azulino, campeão da competição em 2014, despachou os atuais donos do título nos pênaltis por 5 a 4 após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e vai decidir com o Ceilândia quem fica com o caneco da elite do futebol candango em 2016.

- Ainda estamos com a prerrogativa da invencibilidade no campeonato, mas sabemos que vamos enfrentar mais um adversário ferrenho na final do Candangão – ponderou o técnico do Luziânia, Ricardo Antônio.

- É o que dizem, né? Pênalti é loteria e, hoje, infelizmente, o time deles foi superior ao nosso – lamentou o meia Héricles, que entrara no segundo tempo.

Jogadores do Luziânia fizeram uma oração após o fim do jogo no Bezerrão (Foto: Lucas Magalhães)

O JOGO

O Gama se lançou ao ataque desde o primeiro minuto de jogo. Literalmente. Em rápida troca de passes, Roberto deixou Grampola livre para invadir a área. O centroavante do Gama, porém, foi derrubado por David, e o árbitro Rodrigo Raposo marcou pênalti. Depois de muita reclamação por parte dos jogadores do Luziânia, o próprio Grampola foi para a cobrança e não deu chances para Sucuri, abrindo o placar para o Gama. Aos 18 minutos, o centroavante por pouco não ampliou para os donos da casa. Após cruzamento de Ralph pela esquerda, Grampola tentou encobrir Sucuri com uma cabeçada, mas o goleiro conseguiu se recuperar e fazer a defesa.

A blitz do Luziânia começou aos 23 minutos. Aldo, que até então via Grampola se isolar na artilharia com seis gols anotados, arriscou de fora da área, Pereira falhou e viu Dan, sozinho, empurrar para o fundo das redes. O atacante do Luziânia, entretanto, foi flagrado em posição de impedimento e o gol foi anulado. Dez minutos depois, Aldo não só empataria a partida, como também se igualaria em número de gols com Grampola. Em cruzamento vindo pela esquerda, o volante do Luziânia surpreendeu a zaga gamense e testou com força, sem chances para Pereira. O gol dos visitantes marcou também o último lance de maior emoção no segundo tempo.

Na etapa complementar, foi o Luziânia quem começou em ritmo acelerado. Em seis minutos, o time conseguiu criar duas boas chances, que obrigaram o goleiro Pereira a trabalhar. Só aos 29 minutos o Gama, empurrado por sua torcida, conseguiu assustar. Glaybson costurou a zaga azulina e bateu com força. Bem colocado, Sucuri impediu o que seria o segundo gol dos donos da casa. O Periquito ainda chegaria com perigo uma vez, aos 34 minutos, no último lance de Roberto antes de ser substituído. Ele mandou uma bomba de fora da área e a bola ainda resvalou em um zagueiro antes de Sucuri fazer grande defesa. Logo em seguida, o atacante, um dos heróis da classificação gamense à semifinal do Candangão daria lugar a Héricles. Com o mesmo placar da partida de ida, a decisão de quem enfrentaria o Ceilândia na final da competição foi para os pênaltis.

UM ERRO DEFINE NA MARCA FATAL

As duas equipes fizeram as tradicionais rodas antes da definição dos cobradores dos pênaltis. Capitão do Gama, Tiago Gaúcho pedia cabeça erguida e lembrava aos companheiros o que o time havia passado até chegar naquele momento. Do lado do Luziânia, o discurso motivacional seguia o mesmo tom.

Luziânia foi perfeito nas cobranças
de pênaltis (Foto: Lucas Magalhães)

Quis o destino que Tiago Gaúcho, que abriu os trabalhos para o Gama, fosse o único a errar sua cobrança. O volante pegou mal na bola e a viu passar muito por cima da meta defendida por Sucuri, para desespero dos torcedores gamenses que faziam muito barulho na arquibancada.

Depois do erro do capitão do Gama, todos os jogadores do Alviverde que foram para a marca da penalidade máxima converteram suas cobranças. Foram eles: Rafael Grampola, Glaybson, Héricles e Pedrão. Pelo Luziânia, perfeito na noite nos tiros de dentro da área, foram para a bola, e anotaram gols, Dan, Thompson, Willian Sarôa, Aldo e Alcione, sacramentando o placar de 5 a 4 e cravando um lugar na decisão do Candangão.