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Obra do estádio Mané Garrincha foi a segunda mais cara do mundo

Millena Lopes
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br

Apenas o Wembley Stadium, de Londres, custou mais caro que o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Nas contas do Tribunal de Contas do DF, a arena pode chegar ao custo de R$ 1,9 bilhão, o que corresponde a R$ 27,8 mil por assento, considerando a capacidade de 71 mil lugares. O prejuízo aos cofres públicos, até agora, está em quase 367 milhões. E pode ser muito maior, assim que a Corte de Contas finalizar as auditorias que estão em curso. 

O “elefante branco”, nas palavras do presidente do Tribunal, Renato Rainha, “só tem dado prejuízo” à capital federal. “O legado que a Copa deixou para o DF, na minha avaliação, é um legado muito ruim”, aponta Rainha, ao apresentar o resultado de uma investigação que detectou superfaturamento de quase R$ 1 milhão no contrato para instalação do gramado, conforme o Jornal de Brasília publicou, com exclusividade, na edição de ontem.

O Tribunal deu prazo de 30 dias para que a Novacap, gestora do contrato, e a empresa Greenleaf expliquem o sobrepreço apontado pelo Ministério Público de Contas.

A Greenleaf, que executou a obra para instalação do gramado, foi contratada recentemente pelo GDF para fazer a manutenção do campo. O Tribunal explica que não há, ainda, impedimento para que a empresa seja considerada inidônea. Procurada para comentar o assunto, a Greenleaf não retornou as ligações da reportagem.
Números

R$ 1,9 bi é o valor que pode chegar a custar a obra do Mané Garrincha
R$ 365 mil é o valor apontado pelo Tribunal de Contas como possível prejuízo até agora
R$ 287 mil é o valor da obra do entorno da arena, que ainda não foi executada e está suspensa

Atrás apenas da arena de 2,6 mil banheiros

Reconstruído e inaugurado em 2007, o Wembley tem capacidade para 90 mil pessoas e custou US$ 1,136 bilhão. Um dos mais modernos e o segundo maior da Europa, a arena tem 2.618 banheiros, 34 bares e oito restaurantes. 

Bem diferente da estrutura do Mané Garrincha, que é avaliada pelo corpo técnico do Tribunal — e tem só 308 banheiros. Uma auditoria, que avalia a qualidade da obra e deve ser finalizada nos próximos dias, vai apontar, entre outras coisas, se as determinações do Tribunal são cumpridas, se os valores contratados são compatíveis com os preços de mercado e se a qualidade dos serviços e materiais contratados atende às especificações.
A qualidade do piso, paredes, teto, rodapés, escadas e assentos é avaliada pelos auditores, que também analisa se o recebimento da obra foi regular e comprovado.



Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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