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Ibaneis sobre prisão de Temer: “Reforma da Previdência fica mais difícil”

JANELA INDISCRETA

Procurado pelo Metrópoles na tarde desta quinta-feira (21/3) para comentar a prisão do ex-presidente e correligionário Michel Temer, ocorrida nesta manhã, o governador Ibaneis Rocha (MDB) declarou que o desdobramento da Lava Jato atrapalhará a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. O número um do Palácio do Buriti está em São Paulo (SP) em visita a multinacional da área farmacêutica.

Ibaneis disse que enxerga com “apreensão” o mandado judicial expedido pelo juiz federal Marcelo Bretas. “Sem dúvida, traz mais instabilidade política para um país que precisa de normalidade para resolver os inúmeros problemas que tem”, declarou à coluna. Segundo o chefe do Executivo local, a prisão de mais um ex-presidente trará impacto imediatos. “Perde a política, perde o Brasil e certamente teremos muitas repercussões no campo da política”, completou.

Ao afirmar não ter conhecimento profundo sobre o inquérito da nova fase da Operação Lava Jato, Ibaneis – que é advogado – avaliou como “precipitada” a decisão de prender o ex-presidente. “Atinge um senhor de 78 anos de idade com grandes serviços prestados à nação. Não conheço o inquérito, mas, pelo que conheci no curto convívio que tive, [Temer] me pareceu uma pessoa honrada e limpa. Vou precisar conhecer melhor o processo para me posicionar juridicamente. Do ponto de vista pessoal, estou abalado e triste”, completou.

Limpeza no MDB
Na terça-feira (19), Ibaneis participou de reunião da Comissão Executiva Nacional do MDB, com governadores, prefeitos e lideranças nacionais da legenda, na Câmara dos Deputados. No encontro, o chefe do Executivo local fez duras críticas à sigla. O brasiliense afirmou que o partido “está se diluindo” e defendeu a expulsão de integrantes presos.

“Não me sinto na condição de estar no mesmo partido que Eduardo Cunha. Não posso estar no mesmo partido de um camarada preso porque tinha R$ 50 milhões escondidos em malas dentro de um apartamento”, disparou, em referência ao ex-presidente da Câmara e ao ex-ministro Geddel Vieira.

O discurso inflamado foi feito na frente de caciques da legenda, como Renan Calheiros, Romero Jucá e o irmão de Geddel, Lúcio Vieira Lima. Ibaneis foi duro e ameaçou deixar a legenda caso a situação não fosse revertida: “Ou vocês querem um partido novo, ou vocês não me querem no partido. Se não enfrentarmos nossas feridas, vamos definhar”.

Falta de protagonismo
Ibaneis criticou a falta de protagonismo do MDB na discussão de temas nacionais importantes atuais, como a reforma da Previdência e o pacto federativo. Disse que, da forma como caminha atualmente, a legenda está fadada ao insucesso nas eleições municipais de 2020. “O partido nem sequer existe do ponto de vista estrutural”, atacou, destacando que a agremiação corre o risco de não conseguir montar diretórios regionais competitivos.

O governador do DF tem reservado espaço significativo da sua agenda para campanha destinada a conquistar o comando nacional de seu partido. Em fevereiro, chegou a dizer ao Metrópoles: “Eu não me furto a desafio nenhum. Tenho conversado com todas as lideranças para que, se houver um consenso, eu assuma esse papel. Acredito que o MDB deve e pode ser renovado”.

O emedebista vem embalado pelo discurso do novo, tão necessário à sobrevida da legenda, desgastada nos últimos anos pela velha política. Representante do conceito outsider, Ibaneis nunca escondeu que tem um ambicioso projeto político nacional.


Fonte - G1/DF

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