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Proteção para elas: SSP lança dispositivo para evitar “zonas cegas”


Equipamento permitirá o acompanhamento, em qualquer ponto da cidade, de mulheres que obtiveram medidas protetivas contra os agressores

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
ÉRICA MONTENEGRO/ METRÓPOLES

Um dispositivo pequeno de cor lilás para ser carregado pelas vítimas é a nova estratégia da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para reforçar a proteção às mulheres que estão sendo ameaçadas de morte por ex-companheiros.

O equipamento promete complementar o monitoramento à distância que hoje é feito via tornozeleira eletrônica instalada nos agressores. De acordo com o secretário de Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres, o dispositivo evitará “zonas cegas”, que hoje possibilitam ao agressor se aproximar da vítima em lugares que não estão sob monitoramento eletrônico.

Atualmente, o acompanhamento eletrônico das medidas protetivasaplicadas em situações extremas está restrito a pontos fixos, como a casa da vítima ou o local onde ela trabalha. Quando o agressor rompe a zona de segurança determinada pela Justiça, a tornozeleira avisa à central de monitoramento da SSP, que imediatamente aciona o batalhão mais próximo, referenciado para atender o caso.

O problema é que, quando a vítima vai a algum local fora da rotina e o agressor se aproxima, o equipamento não é capaz de avisar aos órgãos de segurança.

Agora, com o novo dispositivo, as “zonas cegas” deixam de existir, pois o dispositivo que estará com as mulheres avisará sobre o perigo iminente. “É uma inovação que aumentará a segurança delas. Em qualquer lugar, teremos o controle sobre possíveis infrações às determinações judiciais de distanciamento”, explica o secretário Anderson Gomes.

Medidas protetivas
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, atualmente há 90 agressores sendo monitorados por via eletrônica. A expectativa é que o uso seja ampliado com a utilização do novo dispositivo. “Acreditamos que o Judiciário intensificará a determinação de medidas protetivas com monitoramento eletrônico porque o dispositivo tornará a proteção mais eficiente”, comenta o secretário-executivo da SSP-DF, Alessandro Moretti.

Além de avisar a central de monitoramento da SSP, o botão do pânico possibilitará que elas saibam que o agressor está por perto e busquem, de imediato, alguma proteção. De maneira semelhante, a tornozeleira deles também avisará que a distância está sendo desrespeitada e que eles devem afastar-se do local imediatamente.

Neste ano, já foram registrados seis feminicídios, 16 tentativas e, até a última sexta-feira (22/3), 3.387 mulheres já tinham denunciado à polícia companheiros ou ex-companheiros por agressões sofridas.


Fonte - Metrópoles

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