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CIDADES - Entorno do DF reabre comércio

Igrejas e academias poderão voltar a funcionar, desde que distancimento entre as pessoas seja respeitado


Goiás decretou ontem a reabertura, com ressalvas, de comércio e igrejas, flexibilizando o isolamento social no estado que segue as mesmas medidas de abertura estabelecidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Passa a ser obrigatório uso de máscara pelas pessoas ao saírem às ruas . Voltam a funcionar salões de beleza e barbearias, com metade da capacidade de funcionamento, e outros pequenos comerciantes e microempreendedores ficam sob as determinações de cada município do estado.

Atividades religiosas também têm restrições para funcionamento. De acordo com o documento, os fiéis deverão ter a temperatura corporal aferida na entrada do local, não poderão ter contato físico e a entrada de idosos não será permitida. As celebrações devem acontecer apenas duas vezes por semana. Outras cidades e municípios, incluindo a capital Goiânia só poderão ter uma reunião semanal.

Na última sexta-feira (17), saindo à frente, a prefeitura municipal de Luziânia já havia publicado um decreto que permitia a abertura e o funcionamento parcial do comércio no município. Entre as atividades que retornaram ontem na região, destacam-se bares, lanchonetes, restaurantes, sorveterias e o shopping local, o que gerou opiniões divergentes entre os moradores da localidade.

A reportagem do Jornal de Brasília foi à avenida Alfredo Nasser, em Luziânia, conferir o movimento do município após a abertura de restaurantes, sorveterias, lojas de roupa, entre outros. Mesmo com boa parte dos estabelecimentos comerciais abertos, haviam poucas pessoas circulando pelo local. Ademais, a maioria tanto dos vendedores como dos compradores utilizavam máscaras de proteção e álcool em gel para higienização das mãos.

O construtor de obras Carlos Souza, de 54 anos, defende a abertura do comércio em Luziânia. “Tem que abrir é tudo [todas as lojas]. Essa coisa de coronavírus é uma mentira da mídia. Se morrem duas pessoas, é divulgado que morreram 12 ou 15. A população precisa trabalhar porque senão a criminalidade pode aumentar na região. Também é importante salientar que estamos cada vez mais pobres, uma vez que os R$ 600 não são capazes de resolver todos os nossos problemas financeiros”, declarou, revoltado, o trabalhador.

O vendedor de peças de máquinas agrícolas Antônio Lima, de 58 anos, concorda com a abertura do comércio. “Não acho que isso vai propiciar o aumento de casos aqui em Luziânia. As lojas precisam ser abertas de forma plena para que as pessoas possam trabalhar”, comentou.

A cuidadora de idosos Carina Leandro, 22, discorda de Carlos Souza em relação às medidas de isolamento social. Segundo ela, “o comércio precisa continuar fechado”. “Estou muito preocupada porque eu tenho filho pequeno em casa. Se não tomarmos providências rapidamente, os casos podem aumentar bastante”, disse, preocupada.
Academias

Um novo decreto do município de Luziânia estabelece ainda que academias e atividades religiosas voltem a funcionar seguindo as determinações do estado do Goiás. A partir de hoje, além das igrejas, também estão permitidas as atividades físicas dentro de academias, desde que também ofereçam as condições necessárias para higienização e limpeza constantes e o distanciamento entre clientes.

“Uma vez que conseguimos estabilizar a curva de contaminação, flexibilizamos esses setores”, afirmou a prefeita de Luziânia, Edna Aparecida. “Se essa curva vier a subir, aí voltaremos como estávamos novamente”, completa a liderança da região. Até o momento, de acordo com a prefeitura, são 10 casos do novo coronavírus ocorridos na região. Destes, seis pacientes estão curados, houve duas vítimas fatais e outros dois pacientes encontram-se internados em estado estável em uma das unidades de saúde do local.

Diariamente, cerca de 20 mil pessoas por dia transitam entre Luziânia e o DF para trabalhar. Nos ônibus, o transporte só pode acontecer se todos estiverem sentados para evitar aglomerações, segundo a prefeita. “Os ônibus precisam disponibilizar álcool em gel para os usuários do transporte. Cobradores e motoristas devem usar luvas e máscaras”, informou Edna.


Fonte -  Jornal de Brasília

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