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CAMPANHA - COMBATE A DENGUE


OPINIÃO - Infidelidade e inexperiência política – O que não se deve fazer para não deixar uma legião de órfãos políticos.



Por Celso Alonso

Ser eleito a uma vaga de deputado nem sempre é motivo de garantir estabilidade a dezenas de aliados políticos que o acompanharam durante a campanha, principalmente quando se é “deputado de primeira viagem”. Porém não é isto que pensam alguns políticos de plantão que ao serem eleitos (na rabeira do caminhão), deixam vaidades e arrogâncias políticas subirem a cabeça e fazem de tudo, menos o que é plausível para defender aqueles que os acompanham. 

Li hoje (17) em um grupo, de que “votar com convicção, seguindo seus entendimentos é motivo para demostrar respeito e engrandecimento perante eleitores”. Mas não podemos nos esquecer de que, para ao agir desta forma deve-se o político não fazer qualquer tipo de barganha, conchavos ou prometer o céu se não possui nem o purgatório, ou seja, ser independente e não aceitar ou pedir vantagens do governo para tal fim. “Quando se une em matrimonio, o cônjuge faz votos de fidelidade eterna” e assim tem que ser na política. Não se pode fazer acordo e trocar o entendimento no decorrer da partida, pois estará o “político”, sujeito a receber em troca aquilo que não pretende, ou seja, dando direito a outra parte de romper o tal acordo, inclusive se esse for o dono da caneta. 

Isto é o que está acontecendo na política do DF, em especial em Santa Maria tendo como debutante a deputada/ex-madrinha da cidade Jaqueline Silva, que após fazer parte da base do Executivo, em sucessivas ocasiões votou contra os projetos por esse apresentado. A gota d’água aconteceu na noite de ontem (16), quando em um desses projetos, até mesmo a oposição (que não tem qualquer compromisso com o Executivo) votou a favor, mas a deputada Jaqueline que tinha compromisso político votou contra. 

Paciência! Esperar o que do governador a não ser usar da caneta para cercear o acordo e mostrar para a deputada quem realmente manda. A resposta do governador começou pela administradora Marileide Romão, diga-se de passagem, pessoa de grande prestígio na cidade por ser moradora e liderança há mais de 20 anos? 

O problema para os incautos apoiadores grupo político de Jaqueline, é que o mandato irá continuar por mais um tempo, mas seus empregos no Executivo podem ir o ralo. Daí a pergunta: - Porque será que a deputada não pensou no grupo e agiu unilateralmente visando preservar seus pares? A resposta é bem simples. Já dizia meu pai: “Quem nunca comeu mel, quando come se lambuza”, ou seja, Jaqueline achou que o mandato seria eterno e que o simples fato de ocupar uma cadeira na CLDF já garantiria a ela conforto e status junto ao Executivo. Ledo engano, pois se esqueceu que são dois poderes distintos e no Executivo quem manda é o governador. 

E como ficam os demais do seu grupo que foram os responsáveis pelo seu egresso? Na rua da amargura aguardando o retorno da sensatez da deputada em reconhecer que não se vence sozinho e se reconciliar com o Executivo. 

Outro fato que chama a atenção é em relação a autoridade da deputada em relação ao seu mandato. Em todas as aparições de Jaqueline em redes sociais, reuniões comunitárias, políticas, etc., fora da CLDF, existe por trás dela uma figura “oculta” que dita o que pode e não pode ser feito, uma espécie de guru ou até mesmo “ditador de ordens”, demonstrando que essa não dita as ordens, apenas “segura a caneta e assina o cheque”. Afinal, quem é esse ser “oculto”? Muitos sabem, mas poucos se atrevem a dizer quem é! 

Existe também o fato de que na vida pública, tem que se agregar valores e unir forças. Porém, parte do grupo liderando por Jaqueline acontece o “inverso o avesso”, pois pensa ao contrário agindo de forma a blindar o mandato e afastar todos aqueles que demonstram ser contrários as suas convicções. Errado! Nesses casos entendo que o melhor seria agregar e trazer para o grupo as opiniões de todos esses e não os excluir do rol, semelhante a lenços descartáveis usados nas latrinas. Isto sem falar de o quanto agem como verdadeiros capangas perseguindo seus pretensos opositores, difamando, expondo, agredindo e ameaçando. 

Jaqueline está pagando o preço por sua inexperiência política ao acreditar que o mundo gira em torno de si, bem como deixar pessoas alheias ao seu CPF tomarem decisões exclusivamente sua. 

Enquanto isso, pessoas que se uniram ao grupo na esperança de que as coisas seriam diferentes ficam na expectativa de pelo menos serem apenas exoneradas, e não sejam alvos de preconceito e descredibilidade por fazerem parte de um grupo prestes a ruir. 

Vamos torcer para vivermos e presenciarmos as cenas dos próximos capítulos de uma história com apenas um final. O esquecimento, coisa que jamais queríamos, pois lutamos para elegermos um representante que na verdade se tornou figura repetida na vida política da cidade. 

Na tarde de hoje (17), fiquei feliz ao ouvir uma canção que há muito não ouvia. Sua letra tinha uma sugestiva frase: - “Hoje encontrei chorando quem antes sorria de mim”. Por isto trago comigo um ensinamento dos meus pais; “nunca cuspa para o céu, pois pode cair na sua cara”. 

Agora me pergunto: - “Do que vale tanta luta, se o mérito mesmo é de quem tem o nome na placa de inauguração?” 

Para finalizar, torço para que o futuro de Santa Maria esteja nas mãos de pessoas compromissadas a cidade e a sugestão melhor é Fonseca e Nogueira. 

E tenho dito!






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