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Dólar sobe após denúncia contra Bolsonaro e à espera de ata do Fed

No dia anterior, o dólar encerrou a sessão vendido a R$ 5,689, em baixa de 0,41%. Foi o menor valor em mais de 3 meses, desde novembro



O dólar operava em leve alta na tarde desta quarta-feira (19/2), dia seguinte à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

O que aconteceu
  • Às 15h07, o dólar subia 0,4%, cotado a R$ 5,712.
  • Mais cedo, às 12h22, a moeda norte-americana avançava 0,17% e era negociada a R$ 5,699.
  • Na máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,732. A cotação mínima foi de R$ 5,685.
  • No dia anterior, o dólar encerrou a sessão vendido a R$ 5,689, em baixa de 0,41%.
  • Foi o menor valor de fechamento da moeda dos Estados Unidos em mais de 3 meses, desde o dia 7 de novembro do ano passado.
  • Com o resultado, o dólar acumula perdas de 2,54% em fevereiro e de 7,95% em 2025.
Bolsonaro denunciado

Os investidores repercutem nesta quarta-feira os impactos políticos da denúncia apresentada pela PGR contra Bolsonaro.

O ex-presidente da República foi denunciado pelo órgão máximo do Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Em linhas gerais, a PGR entendeu que Bolsonaro teria sido o chefe de uma suposta organização criminosa montada a partir do Palácio do Planalto para promover um golpe de Estado no Brasil, impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em outubro de 2022.


Agora caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se aceita ou não a denúncia. Caso ela seja aceita pela Corte, Bolsonaro e outros 33 denunciados pela PGR se tornarão réus na instância máxima do Poder Judiciário.

Em termos políticos, a denúncia contra Bolsonaro é um indicativo de que dificilmente o ex-presidente – que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – terá condições de participar das eleições de 2026.

A dúvida dos investidores, neste momento, é sobre quem seria o herdeiro político do espólio bolsonarista. O nome mais forte é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que agrada a uma grande parte do mercado.

Tarcísio, no entanto, tem dito que não pretende se candidatar à Presidência em 2026 e prefere disputar a reeleição em São Paulo. Outros nomes cotados para a sucessão de Lula são os governadores Ronaldo Caiado (Goiás), Ratinho Júnior (Paraná) e Romeu Zema (Minas Gerais).

Ata de reunião do Federal Reserve

As atenções do mercado financeiro também se voltam aos Estados Unidos nesta quarta-feira.

O mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (o Fed, Banco Central dos EUA). A ata será divulgada no fim da tarde (pelo horário de Brasília).

No fim de janeiro, na primeira reunião do Fomc desde a posse do presidente dos EUA, Donald Trump, o colegiado anunciou a manutenção dos juros básicos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.

A decisão interrompeu um ciclo de três quedas consecutivas dos juros nos EUA, que começou em setembro do ano passado – o primeiro corte em cinco anos.

Desde então, o BC dos EUA sempre deixou claro que era necessário manter a cautela e analisar cuidadosamente os indicadores econômicos para tomar suas decisões de política monetária.

Na semana passada, durante audiência no Senado dos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a autoridade monetária não deve ter “pressa” para voltar a baixar a taxa básica de juros no país.

Negociações por acordo entre Rússia e Ucrânia

Ainda no cenário internacional, os investidores seguem com atenção os desdobramentos de reuniões entre algumas das principais lideranças políticas da Europa sobre a costura de um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, que estão em guerra há 3 anos.

Na última segunda-feira (17/2), houve uma reunião convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris, para discutir com líderes europeus uma possível interrupção do conflito.

Em relatório divulgado na semana passada, o Goldman Sachs avaliou que um possível acordo de paz entre russos e ucranianos teria potencial para diminuir as incertezas econômicas e os preços de energia em toda a Europa, além de aumentar a confiança do consumidor.

O que preocupa os investidores, por outro lado, são as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas extras aos produtos europeus, ampliando o risco de uma guerra comercial global.


Na terça-feira (18/2), ocorreram reuniões entre autoridades de EUA e Rússia, na Arábia Saudita, para discutir a guerra. Não houve representantes ucranianos no encontro.

Ibovespa

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em queda nesta quarta-feira.

Às 15h10, o Ibovespa recuava 0,84%, aos 127,4 mil pontos.

Na véspera, o indicador fechou praticamente estável, em leve queda de 0,02%, aos 128,5 mil pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumula ganhos de 1,9% no mês e de 6,87% neste ano.

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