O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser denunciado pela PGR em caso de tentativa de golpe de Estado em 2022
Breno Esaki/Metrópoles

Um homem já conhecido por tentar a liberdade do traficante Nem da Rocinha e do ex-vereador Gabriel Monteiro solicitou, no Superior Tribunal Militar (STM), habeas corpus preventivo para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido é referente ao caso da suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, no qual Bolsonaro e mais 39 foram indiciados pela Polícia Federal (PF). A expectativa é a de que, esta semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá apresentar a primeira denúncia sobre a trama.
Joaquim Pedro de Morais Filho impetrou o pedido de habeas corpus para o presidente em 2024, quando houve o indiciamento. Em um primeiro momento, o STM indeferiu a solicitação por entender que não teria competência para analisar o pleito.
Porém, Joaquim recorreu. Diante do recurso, a Procuradoria-Geral da Justiça Militar, por parecer do subprocurador-geral Samuel Pereira, manifestou-se contra o provimento do HC.
Agora, o processo aguarda ser analisado pelo juiz relator Carlos Augusto Oliveira. Veja a última decisão sobre o caso:
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No Supremo Tribunal Federal (STF), há diversos pedidos de habeas corpus impetrados por Joaquim. Em um deles, ele pediu a prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O mandatário russo, Vladimir Putin, também foi alvo de HC de Joaquim.
Em defesa de Gabriel Monteiro e Nem da Rocinha
No ano passado, o Metrópoles revelou que ele seria integrante do PCC, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará. Em outubro de 2024, Morais Filho impetrou habeas corpus pedindo a liberdade de Nem da Rocinha e do ex-vereador bolsonarista Gabriel Monteiro.
Morais Filho disse que o traficante não apresenta perigo ao sistema penitenciário fluminense e tem o direito de cumprir pena perto da “família sanguínea”. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, negou o habeas corpus.
Em relação a Gabriel Monteiro, o integrante do PCC solicitou que o ex-vereador do PL responda em liberdade aos processos em que é réu. O pedido foi rejeitado pelo ministro Nunes Marques.
Réu por ameaça a juízes e promotores de São Paulo, o estudante foi preso em julho de 2023, mas acabou solto em janeiro deste ano. Segundo documentos do governo cearense, Morais Filho seria integrante do PCC e ficou na ala da facção paulista na cadeia do Ceará.
Colaborou Carlos Carone