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Manobra de Alcolumbre contra Marcos do Val expõe uso político do Conselho de Ética


Por Agência Satélite

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), voltou a movimentar peças para tentar afastar o senador Marcos do Val (Podemos-ES), em um gesto que críticos classificam como mais uma jogada política para atender aos interesses do ministro Alexandre de Moraes e da cúpula do STF.

Alcolumbre agora fala em retomar o funcionamento do Conselho de Ética, que está parado há mais de um ano e sequer tem presidente, como pretexto para discutir medidas disciplinares contra parlamentares. Coincidência ou não, a movimentação ocorre logo após Do Val ser alvo de mais uma ação da Polícia Federal, determinada por Moraes, ao desembarcar no Brasil.

O senador capixaba foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, teve salário, verba de gabinete e contas bloqueadas, além de estar proibido de usar redes sociais — medidas vistas por muitos juristas como abusivas e desproporcionais. O motivo? Ter divulgado imagens e informações sobre delegados que investigam Jair Bolsonaro e aliados.

Para aliados de Do Val, a retomada do Conselho de Ética não passa de um instrumento para legitimar perseguições políticas, poupando o STF de críticas diretas, mas mantendo intacto o objetivo de silenciar vozes incômodas no Senado.

A proposta de Alcolumbre inclui oferecer ao parlamentar uma “saída honrosa”: afastamento de seis meses em troca da flexibilização das restrições impostas por Moraes. Do Val, no entanto, rejeitou de forma categórica qualquer negociação: “Não negocio com bandido”, afirmou, em clara referência ao ministro do STF.

Líderes partidários pressionam para que Do Val aceite o afastamento “voluntário”, mas ele segue firme, denunciando o que chama de cerco autoritário contra parlamentares que se opõem ao atual establishment político e judicial.

Para críticos, o episódio revela que o Conselho de Ética, nas mãos de figuras como Alcolumbre, pode deixar de ser um espaço de defesa do decoro parlamentar e se transformar em um braço auxiliar para punir adversários políticos e blindar aliados do sistema.

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