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CLDF - MACHISMO NÃO

Subserviência ao STF tem nome, sobrenome e herança política: Clã Motta e Alcolumbre se calam enquanto oposição bolsonarista resiste com coragem

 


Por Celso Alonso - Satélite Notícias

A crise institucional que atinge o Brasil ganhou novos contornos nesta terça-feira (5), quando os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), cancelaram as sessões parlamentares em reação à obstrução conduzida por parlamentares da oposição, que protestam contra a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O gesto da oposição, forte e simbólico, escancarou a coragem de quem resiste — e a omissão de quem deveria liderar. Motta e Alcolumbre mais uma vez preferiram a covardia institucional ao dever de defender a democracia frente aos abusos do ministro Alexandre de Moraes, que vem acumulando decisões monocráticas, prisões sem condenação e um claro viés político.

O comportamento passivo de Hugo Motta diante das arbitrariedades do Judiciário pode ser explicado por seu histórico familiar. Em 2016, a Polícia Federal prendeu preventivamente sua mãe, Illana Motta, e afastou sua avó, Francisca Motta, do cargo de prefeita de Patos (PB), durante a Operação Veiculação, que investigava desvios e fraudes com dinheiro público.

A mesma operação revelou o que muitos na Paraíba já sabiam: o Clã Motta comanda a política local desde os anos 1950, com forte influência em Patos. A matriarca Francisca Motta é considerada a líder do grupo, enquanto o avô de Hugo, Nabor Wanderley da Nóbrega, já foi prefeito da cidade entre 1956 e 1959.

O pai do deputado, Nabor Wanderley da Nóbrega Filho, também governou Patos entre 2005 e 2012 e, mesmo após ser condenado por improbidade administrativa em 2013, recorreu da sentença e hoje ocupa novamente a prefeitura, eleito em 2024.

A teia de poder se estende ainda mais: Illana Motta é casada com Renê Trigueiro Maroca, ex-prefeito de São José de Espinharas, e outro dos investigados, José William, era ex-marido de uma das filhas de Illana. Com tantos vínculos e processos, não surpreende que Hugo Motta adote uma postura submissa diante do STF, evitando qualquer confronto com o ministro que, em outro contexto, poderia comprometer ainda mais a família.

Davi Alcolumbre, também omisso, classificou o protesto da oposição como “arbitrário” e pediu “serenidade”, ignorando completamente os abusos cometidos por Alexandre de Moraes e o cerceamento da liberdade de expressão, manifestação e devido processo legal.

Enquanto isso, senadores como Damares Alves, Jorge Seif, Eduardo Girão, Magno Malta, Jaime Bagattoli e Izalci Lucas ocuparam a Mesa do Senado em ato de resistência pacífica, denunciando a perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na Câmara, deputados da oposição colaram fitas na boca, em referência direta à censura imposta pelo sistema, e afirmaram que permanecerão na Mesa Diretora até que temas essenciais à democracia, como a anistia dos perseguidos políticos e o fim do foro privilegiado, sejam votados.

Só sairemos daqui quando anistia e fim do foro forem votados”, declarou o deputado Sanderson (PL-RS).

Bolsonaro: mesmo sob perseguição, segue sendo o líder da verdadeira oposição



Mesmo submetido a medidas arbitrárias, como prisão domiciliar e tornozeleira eletrônica, Jair Bolsonaro continua a ser a maior liderança política do país. O apoio popular ao ex-presidente cresce na medida em que os abusos de Moraes e o silêncio conivente do Congresso ficam evidentes.

A obstrução feita pela oposição conservadora é legítima, pacífica e necessária — um grito de alerta contra a degradação das instituições. A verdadeira afronta ao Parlamento não vem de quem protesta, mas de quem se cala por conveniência, medo ou interesse próprio.

Neste momento da história, ou se está ao lado do povo e da liberdade, ou ao lado da repressão e do conchavo institucional. E o Brasil está atento.

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