Secretaria de Administração Penitenciária do DF pediu autorização de Alexandre de Moraes para liberar visita de Damares Alves à Papuda
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

O Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu submeter ao ministro do STF Alexandre de Moraes o pedido da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) para visitar o Complexo da Papuda, em Brasília.
Damares solicitou a visita diretamente à Secretaria de Administração Penitenciária do DF. Ela argumentou qie precisa verificar as condições da Papuda para receber o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

À coluna, a pasta disse que “submeteu” a solicitação a Moraes em razão de o pedido fazer referência a Bolsonaro. O ministro é o relator do inquérito do golpe, no qual o ex-presidente foi condenado.
“A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal submeteu à apreciação do Supremo Tribunal Federal o pedido de visita da Senadora às instalações das unidades penais do Complexo Penitenciário da Papuda. Como a solicitação faz referência a custodiado vinculado à Ação Penal nº 2668, sob jurisdição da Suprema Corte, a ação foi necessária, e a Pasta aguarda manifestação”, informou o órgão à coluna.
Damares pediu para visitar a Papuda como presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado. Ela fez a solicitação após a coluna revelar que Moraes pretende mandar Bolsonaro cumprir a pena na Papuda.
Moraes pretende mandar Bolsonaro para “Papudinha”
Conforme a coluna revelou, o ministro do STF deve ordenar que o ex-presidente cumpra a pena na carceragem do 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, mais conhecido como “Papudinha”.
A decisão foi tomada após a chefe de gabinete de Moraes visitar as instalações da Papuda, dias antes de o STF julgar os recursos de Bolsonaro contra a condenação. A visita foi revelada pelo Metrópoles.
Segundo a reportagem, a auxiliar de Moraes visitou três lugares dentro da Papuda que poderiam receber o ex-presidente. Entre eles, a Papudinha e o bloco de segurança máxima, onde ficaram presos famosos.
A expectativa dos aliados de Bolsonaro, porém, é que o ministro do Supremo deixe Bolsonaro no local por apenas algumas semanas e, na sequência, conceda o benefício de prisão domiciliar novamente.
