Raquel França morreu no Hospital São Vicente de Paulo no Natal de 2024. Segundo a Secretaria de Saúde, as investigações não acabaram
Material cedido ao Metrópoles

Depois de passar horas amarrada no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em Taguatinga (DF), a paciente Raquel França de Andrade (foto em destaque), de 24 anos, passou mal, sofreu uma convulsão e morreu, no Natal de 2024. Às vésperas do trágico caso completar um ano, a família da jovem segue em busca de explicações para o que aconteceu.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) instaurou um processo para apurar possíveis irregularidades na Corregedoria da pasta. No entanto, de acordo com o irmão de Raquel, o eletricista Iago Feitosa Pereira de Sousa, 26, a família não recebeu oficialmente resposta alguma. Segundo a pasta, a investigação ainda está em andamento e medidas foram adotadas para garantir mais segurança aos pacientes (leia abaixo).
“Para mim foi um trauma. Eu vi o tanto que a Raquel sofreu. No velório dela, passou um filme das nossas vidas na minha cabeça. A Raquel nunca pediu para ser especial, mas ela tinha sonhos”, afirmou.
Natal
Desapegado da festa de Natal, Iago cuidava da moto na garagem de casa quando recebeu a ligação do hospital. “Quando cheguei, perguntei onde ela estava. Ela estava em uma sala dentro de um saco. O médico abriu. Reconheci ela. E aí a ficha caiu. Eu peguei no rosto dela. Estava bem quentinho ainda. Tinha um líquido na boca”, revelou.
Segundo Iago, o médico teria dito que Raquel teve uma convulsão, vomitou e broncoaspirou. A equipe de médicos teria prestado os primeiros socorros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas a paciente não resistiu.
Por que não levaram ela para um hospital? Falaram no começo que ela estava com uma equipe médica, mas depois fiquei sabendo que estava sozinha e que tinha sido amarrada antes. Se a pessoa estava medicada, por que estava amarrada?”, questionou.
Iago ficou estarrecido ao saber da forma como a irmã foi amarrada. “Pelas fotos, quando a gente viu as marcas, teve certeza de que foi uma brutalidade”. Para o eletricista, se Raquel não foi monitorada de forma constante, houve negligência.
