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BRASÍLIA - Ato público reúne mais de mil pessoas na Câmara dos Deputados



Ato Público que homenageou profissionais da segurança pública mortos em decorrência da profissão reuniu deputados, policiais e entidades nacionais da segurança, como:  FENEME;  SINPOL; ANASPRA;  FENAPRF; AMEBRASIL; FENAPEF; ADEPOL; FLB-AP; ABC; ADPF; SINDEPO; COBRAPOL; APCDF e ANERMBO. O evento iniciou por volta das 12h e se estendeu até às 17h. Vieram caravanas de Santa Catarina e Minas Gerais para prestigiarem o evento, que foi realizado na Câmara dos Deputados, no Hall da Taquigrafia, Anexo II.

Dados do  anuário de segurança pública informam que aproximadamente 1770 profissionais foram assassinados nos últimos cinco anos. Para o deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) “esse número é lamentável, é como se os policiais fossem caçados por bandidos .”
Ainda segundo o deputado as agressões e assassinatos não podem mais ficar impunes. “Estamos cobrando do Estado posturas mais rígidas, em que torna-se os crimes contra esses profissionais hediondos e que haja o aumento de sua pena para quem comete esse tipo de delito, que o comprimento da pena seja majorado”, disse o deputado.
Durante a solenidade, Gonzaga disse também que a ideia do ato não é apenas para chorar os heróis da segurança, mas também propor uma criação de agenda contínua para atender o grande clamor de todos,  qualificando as ações contra estes,  bem como a alteração da Lei de execuções penais, dentre outras medidas,  impondo um tempo maior de cumprimento de pena .
O presidente da Associação Nacional de Praça (ANASPRA), Elisandro Lotin, que também contribuiu para a organização da homenagem, disse que o ato de hoje é um “grito de liberdade”. Ressaltou a vinda dos 140 policiais do estado de Santa Catarina e mais 80 policiais de Minas Gerais,  que  viajaram horas de ônibus para participarem deste ato reivindicando seus direitos constitucionais e o regaste da autoridade do Estado.
Às 15h os estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio Grande do Norte   entre outros estados ligaram a sirena e giroflex em homenagem aos profissionais de segurança pública assassinados. “Quero agradecer a todos os profissionais de segurança pública que em  razão do compromisso com a sociedade  não puderam se fazer presente, mas que prestaram suas homenagens, quando acataram a sugestão de  acionar nas  suas viaturas, por 1 minuto o giroflex e a sirene  aos companheiros assassinados em razão da profissão.  Sinto orgulho em ser profissional da segurança pública. Vocês deram exemplo de união e força. Como diz o nosso lema: ‘Sem luta não há conquista’”, finaliza.
Audiência com o presidente Eduardo Cunha
Paralelamente ao ato público foi solicitada uma audiência pelo deputado federal Subtente Gonzaga, entre os representantes das entidades participantes do evento e deputados com o presidente da Casa. Na pauta foi solicitado  a  urgência nos encaminhamentos  das propostas que envolva os assuntos pertinentes aos crimes praticados contra os agentes  da segurança pública. “Segundo o Fórum Brasileiro para cada grupo de 100 mil habitantes morrem 74 policiais enquanto no restante da população chega a 24”, disse Gonzaga.
Caminhada dos profissionais de segurança pública
Enquanto o ato e a audiência com o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ),  aconteciam dentro no Congresso Nacional,  mais de mil profissionais de segurança pública saíram às ruas do Distrito Federal, em direção a Esplanada dos Ministérios para  homenagear os agentes assassinados em combate. Como ato simbólico, foram colocadas 582 cruzes em homenagem aos profissionais da segurança pública, mortos em decorrência da profissão. E após o término do ato os participantes saíram em encontro dos que estavam na caminhada.
Para finalizar o encontro, os participantes rezaram a oração do Pai Nosso e cantaram o Hino Nacional, de mãos dadas, ao redor das 582 cruzes.

Fonte: Sandro Giannelli

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