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'Não há rivalidade com a Câmara', diz novo chefe da Casa Civil do DF

Sérgio Sampaio diz que outras pastas já cuidam da relação com Legislativo. Ele assume cargo na próxima semana; Doyle anunciou saída na quarta.

O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, e o novo chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio
(Foto: Mateus Rodrigues/G1)

O novo secretário-chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Sérgio Sampaio, afirmou nesta quinta-feira (11) que não pretende encarar a Câmara Legislativa com “postura de oposição”. Ele assume o cargo na próxima semana e diz que “solicitações republicanas” dos deputados poderão ser atendidas.


Hélio Doyle anunciou demissão do cargo nesta quarta (10) e permanece na vaga até a próxima semana. Ele disse que tinha se tornado “o alvo das críticas” de opositores, setores da imprensa e de parlamentares distritais e federais. Coordenador da transição de governo e "braço-direito" do governador Rodrigo Rollemberg, o secretário citou atritos com deputados distritais e senadores de partidos da base aliada.

“Eu não quero falar em nome do secretário Hélio Doyle, que merece meu total respeito. Em meu nome, acho que uma relação entre Legislativo e Executivo deve acontecer, e algumas solicitações republicanas que resultem em melhoria podem acontecer. Não estou falando em cargos, mas em políticas públicas. Não há rivalidade com a Câmara, não coloquemos a Câmara em uma postura de oposição, guerra ou enfrentamento”, declarou Sampaio.

No primeiro pronunciamento como chefe da Casa Civil, Sampaio adotou um discurso de descentralização e disse que não recebeu de Rollemberg a missão de apaziguar os ânimos com a Câmara. Segundo ele, a pasta só atuará na relação com os outros poderes quando for solicitada. A posse oficial no cargo não tem data definida, mas deve acontecer no início da próxima semana.
No relacionamento com a Câmara, é uma relação complementar como a de todo órgão político. Existem outros órgãos que se incumbem dessa função, como a Secretaria de Relações Institucionais e o gabinete do governador. É claro que estaremos abertos e à disposição para conversar com os agentes políticos, mas não é uma missão da Casa Civil"
Sérgio Sampaio,
novo secretário-chefe da Casa Civil do DF

"No relacionamento com a Câmara, é uma relação complementar como a de todo órgão político. Existem outros órgãos que se incumbem dessa função, como a Secretaria de Relações Institucionais e o gabinete do governador. É claro que estaremos abertos e à disposição para conversar com os agentes políticos, mas não é uma missão da Casa Civil", disse.

Eficiência
Na apresentação, Rollemberg afirmou que o novo secretário deverá lidar diretamente com as ações de governo, aproveitando a experiência de 24 anos como servidor da Câmara Federal. Além de diretor-geral, Sampaio foi secretário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e secretário-geral da Casa.

"O papel que estou pedindo para o Sérgio desempenhar no governo é de coordenar as ações do dia a dia, para que possam funcionar com agilidade e eficiência, e para que possamos entregar os resultados que a população de Brasília espera", disse.

Rollemberg afirmou que o governo deve anunciar "nas próximas semanas" um conjunto de projetos estratégicos para o desenvolvimento do DF, e adiantou que Sampaio terá papel central na execução das novas políticas. "É uma pessoa que tem experiência política e administrativa. A Câmara dos Deputados é maior que muita prefeitura brasileira", disse.

Reformulação
Na tentativa de delimitar a atuação da Casa Civil, o GDF estuda reduzir a estrutura da pasta. Segundo Sampaio, a comunicação de governo poderá ser transferida para o gabinete de Rollemberg.

"A impressão inicial é de que são muitas atribuições da Casa Civil, no sentido de fazer uma máquina eficiente. Isso, por si só, é uma tarefa tão grandiosa, que o deslocamento da comunicação para o gabinete pode ser considerado", disse, sem estabelecer prazo para a decisão.

Perguntado sobre os cargos de confiança na estrutura da pasta, Sampaio disse que não fará "segregação de partidos" e que vai estudar o histórico dos colaboradores de governo. A presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PDT), deixou a base aliada de Rollemberg e disse haver um "excesso de petistas" na Casa Civil do DF.

"O governador tem uma orientação muito clara a respeito dos cargos: provê-los com pessoas da maior competência. Não existe qualquer segregação de partidos ou pessoas, os colaboradores que reúnam qualificação necessária serão mantidos", declarou Sampaio.



Fonte G1/DF

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