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Imagens do Estado Islâmico mostram destruição de templo em Palmira

Relíquia arqueológica do início da era cristã foi a primeira ruína do tipo eliminada pelos jihadistas

Em imagem do EI, o templo de Baal Shamin é explodido - Reprodução

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BEIRUTE - Imagens divulgadas pelo Estado Islâmico mostram a destruição do templo de Baal Shamin pelo grupo. A explosão de uma das relíquias arqueológicas da cidade síria de Palmira foi condenada pela Unesco, classificando-a como um crime de guerra. Foi a primeira vez que os jihadistas destruíram ruínas de templos da era romana.

“Esta destruição é um novo crime de guerra e uma perda imensa para o povo sírio e para a Humanidade”, lamentou a diretora da agência da ONU, Irina Bokova, em um comunicado. “Tais atos são crimes de guerra, e aqueles que o perpetraram devem ser responsabilizados por suas ações.”Nas imagens — divulgadas em redes sociais —, militantes do grupo preparam explosivos dentro do templo. A detonação é vista de fora, e depois fragmentos das ruínas aparecem nas imagens. Não foi possível confirmar a autenticidade separadamente.

Jihadistas preparam explosivos - Reprodução

Na detonação, divulgada através de imagens dos jihadistas autenticadas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, colunas próximas também foram danificadas de maneira irreversível.

Datado dos primeiros séculos da era cristã, Baal Shamin é um dos símbolos arquitetônicos de Palmira. Com traços egípcios adquiridos após uma reforma em 258 d.C., era uma das ruínas mais visitadas antes do período de guerra civil do país, junto ao anfiteatro local. É considerado o segundo santuário mais importante da Palmira antiga, declara Patrimônio Mundial pela Unesco.

Imagens mostram ruínas após detonação - Reprodução

Palmira é uma das recentes conquistas do Estado Islâmico que mais vêm preocupando as autoridades locais e internacionais. As ruínas históricas da região, parte do berço civilizatório, foram capturadas em maio após o Exército sírio recuar diante de uma ofensiva.

Ainda em junho, outros dois santuários foram explodidos pelos jihadistas, que também utilizaram o anfiteatro como local de execução de moradores considerados por eles como apóstatas ou apoiadores do regime de Bashar al-Assad.

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“A arte e a arquitetura de Palmira, na encruzilhada de várias civilizações, são um símbolo da complexidade e riqueza da identidade e da história sírias”, afirmou Irina.

Desde a tomada de Palmira, milhares de pessoas já foram mortas na cidade histórica. Entre elas, o antigo chefe do setor de antiguidades do local, Khaled al-Asaad. O acadêmico de 82 anos, que coordenou a conservação das ruínas por mais de 50 anos, foi decapitado após se recusar a revelar o destino de tesouros escondidos, mesmo sob tortura.

Outras cidades tomadas pelo grupo, como a iraquiana Mossul, tiveram santuários e museus destruídos como forma de erradicar traços da memória ocidental — que o grupo considera impura. Estátuas milenares e cópias foram destruídas a marretadas e explosões.



Fonte - O Globo

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